Paulo Nzinga, presidente da Federação Angolana de Judo, em contra-ataque

“Problema da modalidade é a própria ‘Faia’”

Em final de mandato, o actual presidente da Federação Angolana de Judo, Paulo Nzinga, revela pretender continuar à frente da instituição e mostra-se convicto da presença de Angola nos próximos Jogos Olímpicos do Japão. O dirigente considera que o grande problema do judo não é a direcção da federação, mas Antónia de Fátima ‘Faia’.

“Problema da modalidade é a própria ‘Faia’”
D.R
Faia (de azul) durante uma competição

O dirigente federativo considera “inaceitável” não conseguir recintos para a competição, lembrando que há muitas infra-estruturas desportivas do Estado que estão ocupadas durante o ano todo por algumas igrejas.

O presidente da Federação Angolana de Judo (FAJ), Paulo Nzinga, considera falsas as declarações da antiga atleta e ex-aluna Antónia Moreira de Fátima ‘Faia’ de existirem divergências e lutas internas entre elementos da sua direcção. Em contra-ataque, ‘mestre Apollo, como é conhecido, afirma que “o grande problema do judo em Angola tem um nome e chama-se Faia”. Apesar disso, nega qualquer rivalidade com a antiga atleta e entende que “a ansiedade e o desejo de atingir o cargo máximo da federação fazem com que cometa muitos erros”.

As críticas de ‘Faia’ foram proferidas ao NG, durante a apresentação da primeira gala de MMA, na qual a antiga judoca compete. ‘Faia’ queixou-se da modalidade se encontrar “estagnada” e com “muitos problemas”. Entre eles, acusava a apontando a ctual direcção da federação de se recusar a colaborar com os outras pessoas ligadas à modalidade e de “utilizar os meios da instituição para benefício próprio”.

‘Mestre Apolló’ sublinha que um filho ou filha não pode competir com o pai ou professor. Sublinha que a sua vida e a sua trajectória foram dedicadas ao judo, garantindo que possui experiência suficiente para continuar a liderar os destinos da modalidade “mesmo com a oposição de certas pessoas”.

BALANÇO POSITIVO

A dois meses do final do ano, e ainda com duas competições por se realizar, o presidente da FAJ considera como o ano positivo, após ter participado no campeonato africano em Marrocos, onde Angola

conquistou uma medalha de bronze. Apesar de não medalhar no mundial de Tóquio, Japão, o líder federativo considera que foi um sucesso, em que os atletas tiveram bons combates e acredita que a modalidade vai marcar presença nos Jogos Olímpicos a decorrer no próximo ano.

Quanto à competição interna, a federação agendou para 18 e 19 do de Novembro, a realização da Taça de Angola, no Sumbe, Kwanza-Sul, enquanto o campeonato sénior está marcado para 8 e 9 de Dezembro, no Uíge.

Já os campeonatos de cadetes e juniores, em ambos sexos, não têm a mesma sorte, por falta de espaço. O dirigente federativo considera “inaceitável” não conseguir recintos para a competição, lembrando que há muitas infra-estruturas desportivas do Estado que estão ocupadas durante o ano todo por algumas igrejas. “Não existem espaços para as modalidades individuais”.

FALTA DE DINHEIRO

O actual orçamento da federação é de nove milhões de kwanzas e, deste valor, a FAJ recebeu do Ministério da Juventude e Desportos apenas dois e meio de kwanzas e não acredita que consiga a outra metade dos valores, por causa da crise económica. Sem patrocínios, a federação necessita de dinheiro para pagar alguns funcionários, realizar visitas às associações provinciais e para a compra de material para escritório.

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