A 13 de Julho

Ensino particular garante condições para recomeço das aulas

A Associação Nacional do Ensino Particular (ANEP) assegurou hoje que há condições para o reinício das aulas, agendado para 13 de Julho, e que as instituições "estão a ser apetrechadas" com material de biossegurança, devido à covid-19.

Ensino particular garante condições para recomeço das aulas
D.R

"Temos condições criadas para o efeito, temos condições de biossegurança, a ANEP inclusive fechou contrato com vários fornecedores e temos já produtos de protecção que estamos a mandar também para o interior do país", afirmou hoje à Lusa o presidente da ANEP, António Pacavira.

Segundo o líder associativo, o processo de munir as escolas particulares com material de biossegurança, sobretudo colégios, pelo país está em curso, frisando que "há quem esteja com 100% de condições, outros com 90%”, mas assegurou que até dia 13 espera que estejam garantidas todas as condições.

Se isso não acontecer, defendeu que então deve ser atrasado o arranque das aulas nas escolas sem condições.

A Associação Nacional do Ensino Particular de Angola controla mais de 1.200 filiados, no entanto, sublinhou António Pacavira, a distribuição de material de biossegurança "também é extensiva aos colégios não filiados".

Angola, que vive desde 26 de Maio situação de calamidade pública, conta com 315 casos positivos da covid-19, sendo 201 activos, 97 recuperados e 17 óbitos.

 

Encarregados querem reinício das aulas apenas em Setembro

A Associação Nacional de Pais e Encarregados de Educação Amigos da Criança considera não haver condições de biossegurança para o reinício das aulas, devido à covid-19, defendendo que deve ocorrer em Setembro.

Em declarações à Lusa, o presidente da associação, Manuel Diogo, afirmou que, "em princípio, nenhuma escola em Angola tem condições de biossegurança para albergar alunos por estarem desprovidas de ‘kits’ de protecção e água potável".

O reinício das aulas no segundo ciclo do ensino secundário em Angola está previsto para 13 de Julho e para o primeiro ciclo do ensino primário a 27 de Julho.

"A princípio em nenhuma escola a nível nacional tem condições para albergar os nossos filhos porque falta água potável nas mesmas, falta condições dignas aos professores e testagem em massa dos docentes e pessoal administrativo", afirmou o responsável.

Para Manuel Diogo, que discorda da anulação do ano lectivo, o reinício das aulas deve ter em conta o evoluir da pandemia no país, referindo que o mês de Setembro seria o ideal para a salvaguarda da saúde dos alunos.

Segundo o responsável, o reinício das aulas deve ser antecedido pela desinfestação de todas as instituições escolares do país e testagem aos professores e funcionários das escolas, proposta que "até ao momento não tiveram aprovação das autoridades sanitárias".

 

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