Por dívidas taekwondo de fora dos jogos pan-africanos

Dirigentes trocam acusações

Os atletas de taekwondo não estarão presentes nos 12.ºˢ jogos pan-africanos, a ter lugar de 23 de Agosto a 3 de Setembro, em Marrocos, por alegada dívida com a Confederação Africana da modalidade. Mas Makila Maungo, director técnico da federação, assegura que não existe nenhuma divida e atira a responsabilidade para o Comité Olímpico Angolano por “má-fé”.

Dirigentes trocam acusações
Mário Mujetes
Atletas de taekwondo
António Monteiro ‘Bambino’

António Monteiro ‘Bambino’secretário-geral do COA

A ausência desta modalidade nos jogos pan-africanos se deve a um “problema técnico” na base de dados da Confederação Africana e não é da competência da sua instituição proceder a esta alteração.

Não será desta vez que os atletas de taekwondo irão conseguir vagas de apuramento aos Jogos Olímpicos do Japão. Tudo por causa de uma alegada dívida de três anos da Federação Angolana de Taekwondo, junto do Comité Africano de Taekwondo.

Em declarações ao NG, o vice-presidente para a área internacional da federação, Makila Maungo conta ter contactado a confederação e recebido “luz verde” para a participação, alegando que a Comité Olímpico Angolano (COA) não respondeu à autorização para a inscrição da modalidade.

Segundo o director técnico, o presidente da Federação Angolana de Ginástica e chefe da missão olímpica, Auxílio Jacob, afirmou que o taekwondo “não podia participar do referido campeonato”, no entanto, para Makila Maungo, a divida da federação não põe em risco a sua presença no palco do evento, uma vez que também há países com dividas superiores à de Angola, mas que farão parte da competição.

Não satisfeita com esta decisão, a federação contactou os dirigentes da confederação africana e estes, por sua vez, foram unânimes em dizer que não havia motivo para o taekwondo estar de fora dos pan-africanos.

Segundo Makila Maungo, com a presença de Angola, seria uma oportunidade de o taekwondo conseguir vagas para os Jogos Olímpicos, sublinhando que as relações de trabalho com o comité olímpico são “boas”.

António Monteiro ‘Bambino’, secretário-geral do COA, foi bastante lacónico sobre o caso do taekwondo. Em declarações ao NG, conta apenas que a ausência desta modalidade nos jogos pan-africanos se deve a um “problema técnico” na base de dados da Confederação Africana e não é da competência da sua instituição proceder a esta alteração.

A Associação dos Comités Nacionais Olímpicos Africanos (ACNOA) assume, a partir desta edição, a organização dos Jogos pan-africanos, que já vai na sua 12.ª edição, a disputar-se de 23 de Agosto a 3 de Setembro, em Marrocos.

Os Jogos Africanos contarão com as modalidades de basquetebol (3x3), andebol, voleibol de praia, tiro aos pratos, atletismo, natação, judo, remo, canoagem, taekwando, karaté-dó, esgrima, ténis de mesa, boxe, ciclismo e ginástica.

O ACNOA já foi liderado pelo angolano Gustavo da Conceição, no período de 2005 a 2009, que abdicou por questões de incompatibilidade, depois de ter assumido o cargo de deputado à Assembleia Nacional. E foi sob a sua gestão que se transferiu a sede do ACNOA de Yaoundé (Camarões), na altura, uma cidade com vários problemas de acessibilidade, para Abuja, na Nigéria.

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