Em Luanda

Roubo de 600 parafusos obriga a suspensão de comboios

O furto foi detectado pela equipa de vigilância da linha do Caminho-de-Ferro de Luanda, prevendo-se que ainda esta terça-feira, no período da tarde, seja reposta a circulaçã.

Roubo de 600 parafusos obriga a suspensão de comboios
D.R

O furto de 600 parafusos levou o Caminho-de-Ferro de Luanda a suspender temporariamente a circulação dos comboios suburbanos entre a estação dos Musseques e a passagem de nível da Cuca, informou esta terça-feira a empresa.

O furto foi detectado pela equipa de vigilância da linha do Caminho-de-Ferro de Luanda, prevendo-se que ainda esta terça-feira, no período da tarde, seja reposta a circulação.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, Augusto Osório, disse que esta situação já se vem verificando, mas desta vez teve maior dimensão.

Segundo Augusto Osório, os furtos de parafusos de fixação têm sido publicamente denunciados e são do conhecimento da polícia local e do Comando Provincial de Luanda, bem como da administração local.

Questionado sobre qual o objectivo do furto deste tipo de material, Augusto Osório disse que há a suspeita de que seja para comercialização, nomeadamente, para o mercado de material ferroso.

Augusto Osório frisou que os parafusos de fixação não se produzem em Angola e têm de ser importados pelo que, com as dificuldades cambiais actuais, "o prejuízo é grande".

"Mas estamos a fazer a reposição e no período da tarde certamente teremos já os comboios a circular neste troço", disse o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Luanda, acrescentando que não há garantias que o mesmo problema venha a verificar-se, esperando que a polícia faça o seu trabalho.

De acordo com o responsável, o perigo de haver um descarrilamento é real e com danos graves, não só para a vida das pessoas, mas também da própria infra-estrutura.

Estes furtos, prosseguiu Augusto Osório, geralmente ocorrem entre a Boavista até Viana, mas já houve uma situação igual em Icolo e Bengo.

"Se as pessoas continuarem, e da forma como estão a fazê-lo, basicamente, ficarem impunes, corremos o risco disto continuar a alastrar ao longo da linha e haver um perigo maior de descarrilamento", salientou.

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