Recado a agentes e oficiais da Polícia Nacional

Novo comandante exige mais empenho

O comandante-geral da Polícia Nacional reconhece o aumento da criminalidade e pede um maior empenho aos membros da sua corporação para “estancar” essa tendência, “através da prevenção, combate e neutralização destes comportamentos que atentam contra a ordem e a tranquilidade pública”. Paulo de Almeida passou esta mensagem, a semana passada, durante um encontro com os comandantes provinciais.

Novo comandante exige mais empenho

Paulo de AlmeidaComandante-geral da PN

Paulo de Almeida apelou a uma maior valorização e oportunidade aos bons membros da corporação.

O comandante-geral da Polícia Nacional reconhece o aumento da criminalidade e pede um maior empenho aos membros da sua corporação para “estancar” essa tendência, “através da prevenção, combate e neutralização destes comportamentos que atentam contra a ordem e a tranquilidade pública”. Paulo de Almeida passou esta mensagem, a semana passada, durante um encontro com os comandantes provinciais.

Segundo o ‘número 1’ da polícia, recentemente nomeado, os crimes contra o património público constituem uma “ameaça” ao desenvolvimento, recomendando a necessidade de se redobrar as capacidades operacionais da polícia para se detectar este novo ‘modus operandi’ da criminalidade qualificada.

Paulo de Almeida defende a melhoria da cobertura policial nos municípios, comunas, bairros ou centralidades. “A nossa resposta tem de ser mais oportuna. A nossa prestação de serviço e atendimento ao cidadão têm de ser mais credíveis”, afirmou o responsável, reconhecendo que se tem constatado, com “desagrado”, um excesso nas actuações policiais e a participação de agentes policiais em actos criminais. Para ele, estes agentes “devem responder criminal e disciplinarmente e serem afastados da corporação”.

Por outro lado, Paulo de Almeida apelou a uma maior valorização e oportunidade “aos bons membros da corporação de demonstrarem as suas reais capacidades”, avisando que, os comandantes “não devem ter favoritos”. “Devemos ser um por todos, todos por um. O respeito, a disciplina, o civismo e o espírito de liderança devem ser atributos do comandante”.

O Comandante-Geral não deixou de lembrar a mobilização da sociedade, instituições públicas, privadas e religiosas a colaborarem no combate à criminalidade, lembrando que “não é um tarefa exclusiva da polícia”. Apelou ainda aos órgãos do sistema de justiça que continuem a julgar de acordo com a lei e a consciência. “É preciso não desencorajar ou enfraquecer os esforços daqueles que lutam pela manutenção da ordem e tranquilidade pública”, acrescentando que “muitos que apoquentam a tranquilidade da sociedade são pessoas que passaram várias vezes pelas prisões”. “Temos de reflectir sobre isso”, ressalvou. 

A primeira reunião com os comandantes provinciais teve como objectivo transmitir as principais linhas e estratégias para a prevenção e combate ao crime a serem implementadas nos próximos tempos. E ainda a implementação do plano estratégico de segurança pública, as acções operacionais a serem desenvolvidas entre Agosto e Dezembro, no âmbito do combate ao crime violento e à segurança rodoviária. O reforço da capacidade operacional e a melhoria da qualidade dos serviços das esquadras policiais também constaram da agenda da reunião.

No discurso, garantiu que não há e nem haverá nenhuma interrupção nas actividades da polícia pelo simples facto de ter havido mudança de comandante.

 

 

 

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