Desde Janeiro

SIC desmantela mais de 280 grupos de marginais

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou, desde Janeiro deste ano, 285 grupos de marginais, que se dedicavam à prática de crimes violentos, em todo o país, situação que resultou na detenção de 986 elementos.

SIC desmantela mais de 280 grupos de marginais
D.R

Foram recuperadas 491 viaturas e 430 motorizadas, que haviam sido roubadas ou furtadas, bem como apreendidas 190 viaturas e 145 motorizadas, por motivos diversos.

Os dados foram revelados sábado pelo director geral do SIC, comissário chefe Arnaldo Carlos, durante a cerimónia que assinalou os 45 anos de existência daquele órgão afecto ao Ministério do Interior, cujo acto teve lugar nas suas instalações, no município de Cacuaco.

Explicou que durante o período em referência foram registados 55.873 crimes de natureza diversa, dos quais 86 por cento esclarecidos, e detidos 41.999 indivíduos.

O SIC apreendeu 1.212 armas de fogo de diversos calibres, 398 carregadores e 4.700 munições.  

Foram recuperadas 491 viaturas e 430 motorizadas, que haviam sido roubadas ou furtadas, bem como apreendidas 190 viaturas e 145 motorizadas, por motivos diversos.
Durante o período em análise, segundo Arnaldo Carlos, foram cumpridos 11.274 mandados de captura, assim como remetidos 270 processos ao Julgado de Menores, com 321 crianças sob protecção, por prática de actos tipificados como crime.
Foram remetidos 50.509 processos para aos tribunais, sendo 36.208 com presos.  
O SIC remeteu para julgamento sumário 4.582 processos, com 5.408 detidos, tendo sido condenados 4.225 cidadãos e absolvidos 1.056, assim como o retorno de 127 processos à instrução.

Segundo Arnaldo Carlos, os crimes de violência contra a mulher, no seio familiar, bem como o registo de 1.395 crimes de violação sexual, muitos dos quais envolvendo menores, praticados  por pessoas próximas das vitimas, são os casos que mais preocupam o SIC.

O SIC, disse, esclareceu 7.803 crimes em sequência investigativa, com a detenção de 10.847 cidadãos. Foram apreendidas 44,925 quilogramas de cocaína, 356 gramas de crack e 26.113 quilogramas de cannabis, assim como a destruição de 35.533 plantas de cannabis.

Arnaldo Carlos mostrou-se preocupado pelo facto de as estatísticas criminais revelarem o aumento de crimes de homicídio voluntário e ofensas corporais, praticados, na sua maioria, por pessoas conhecidas das vítimas, por questões passionais, crença ao feiticismo e por desentendimento sobre questões banais da vida quotidiana.

Acrescentou que foram instaurados vários processos-crime contra cidadãos que violaram as medidas do Estado de Calamidade Pública, assim como outros que protagonizaram actos de arruaça e alteração da ordem pública.    

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