Partido político vai ser conhecido sexta-feira

Chivukuvuku revela a nova ‘casa’

Novo partido de Abel Chivukuvuku vai ser conhecido amanhã, em Luanda. Além do nome, a antigo líder da CASA promete divulgar os objectivos.

Chivukuvuku revela a nova ‘casa’
D.R.
Abel Chivukuvuku, político

Abel Epalanga Chivukuvuku, de 62 anos, anuncia amanhã, em Luanda, o seu novo projecto político. De acordo com uma nota enviada ao NG, a divulgação do nome do partido, dos objectivos e das pessoas que o integram será feita às 9 horas, numa das unidades hoteleiras da capital. O documento, elaborado pelo gabinete de apoio do antigo líder da Casa-CE, não avança mais detalhes, remetendo tudo para o acto da constituição do partido.

Abel Chivukuvuku começou a vida política e militar na Unita, partido que militou cerca de 30 anos. Desvinculou-se em 2012 e fundou a Convergência Ampla de Salvação de Angola Coligação Eleitoral (Casa-CE), do qual foi expulso em Fevereiro deste ano por alegada “quebra de confiança”, argumentaram, na altura, os líderes dos partidos para o Desenvolvimento e Democracia de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA). Só o Bloco Democrático votou contra

Trajectória política

Abel Chivukuvuku ingressou na Unita, em 1974, passando, em 1979, para as Forças de Libertação de Angola (Fala), braço militar do partido. Promovido a tenente, foi chefe adjunto das telecomunicações externas, com sede em Kinshasa. Nos anos 1980, como tenente-coronel, foi chefe adjunto dos serviços de inteligência militar da Unita, sendo depois indicado para a área diplomática, representando o movimento em Portugal, Reino Unido, junto da ONU, e nos países do Leste Europeu.

Em 1992, no início do multipartidarismo em Angola, foi nomeado secretário de relações externas da Unita, desempenhou também as de mandatário para as primeiras eleições parlamentares e presidenciais angolanas. Em 1993, no regresso à guerra civil, foi ferido em Luanda e mantido sob custódia pelo MPLA, durante um ano. A seguir, passou a ser assistente político do presidente da Unita, Jonas Savimbi, em cujo nome manteve contactos com José Eduardo dos Santos, presidente do MPLA e de Angola. Ao mesmo tempo, exerceu as funções de deputado, sendo líder da bancada da Unita, em 1997 e 1998. Terminada a guerra, em 2002, foi eleito secretário para assuntos parlamentares, constitucionais e eleitorais.

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