No Cunene e Huíla

Mais de seis mil bovinos em risco por falta de vacinas

Pelo menos, 6.775 bovinos morreram e 140 mil encontram-se infectados por carraças no corredor de transumância do município do Cuvelai, na Huíla, devido à falta de vacinas e banhos bovinos, para prevenir de diferentes doenças.

Mais de seis mil bovinos em risco por falta de vacinas
D.R.

Cunene conta com um milhão de cabeças de gado, afectadas pela seca que assola a região, desde Outubro de 2018, que já matou cerca de 30 mil animais, entre bovinos, caprinos e suínos.

 

Segundo o director da Agricultura no Cunene, Pedro Tibério Tutaleni, em declarações à Angop, disse que, como consequência da falta de vacinas, 387 mil cabeças de gado bovino, dos 472 mil concentrados nas zonas de transumância no Cunene, estão sem ser vacinadas desde o princípio deste mês.

Cunene tem 472 mil bovinos em transumância, a maioria estacionada nas áreas da Cafima, Cubate, Mupa, Chivemba, Canganda, Mucupe, Sopia e Chipa, por falta de água e pasto provocada pela seca que assola a região desde Outubro de 2018.

Dos bovinos em zonas de transumância na província, apenas foram vacinadas no período de Agosto a Setembro deste ano, 85 mil animais contra carbúnculo hemático, dermatite nodular e hematico e pneumonia contagiosa.

A campanha contou com 83 mil doses de dermatite hematico, 78 mil de nodular e 66 mil de pneumonia contagiosa, que não foi possível abranger todos os bovinos em áreas de transumância.

O país não importa vacinas há mais de dois anos, as doses utilizadas na campanha resultam de excedentes de algumas províncias que canalizaram vacinas ao Cunene devido aos problemas que o gado enfrenta devido à seca.

Pedro Tibério explicou que as carraças são ectoparasitas hematófagos que se alimentam do sangue de vertebrados, que causam doenças como a babosiose, plásmase e as dermatoses, apelando os criadores de gados a comprarem as doses de vacinas no mercado namibiano, para ajudarem na prevenção dos seus animais.

Cunene conta com um milhão de cabeças de gado, afectadas pela seca que assola a região, desde Outubro de 2018, que já matou cerca de 30 mil animais, entre bovinos, caprinos e suínos.