ATÉ JUNHO DE 2022

Banco Mundial dá 1,5 mil milhões USD a Angola

O vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral anunciou esta semana que vai financiar projectos em Angola no valor de 1,5 mil milhões de dólares até Junho, no seguimento de uma viagem ao país.

Banco Mundial dá 1,5 mil milhões USD a Angola

“Discutimos com o Governo a aposta na agricultura, que cria empregos e aumenta a segurança alimentar, o desenvolvimento das zonas rurais, debatemos a importância das cadeias de valor, da agro-indústria e projectos para apoiar os agricultores a lidarem com as alterações climáticas”, para além de outras áreas como o saneamento e as infra-estruturas, disse Hafez Ghanem no final da vista a Angola.

“Entre agora e Junho, vamos desembolsar 1,5 mil milhões de dólares para apoiar projectos nestas áreas”, apontou o responsável durante a conferência de imprensa que marca o final da visita do Banco Mundial e da Corporação Financeira Internacional, representada pelo vice-presidente para África e Médio Oriente, Sérgio Pimenta.

Hafez Ghanem elogiou o Governo, nomeadamente nas reformas lançadas pelo Executivo e desvalorizou a recessão, apontando que o abrandamento das economias é transversal a todo o mundo devido aos efeitos da pandemia.

Sobre o combate à covid-19 em Angola, o responsável do Banco Mundial apontou Angola como um exemplo, lembrando que “já foram vacinadas sete milhões de pessoas” e acrescentando ter “orgulho por ser parceiro do Governo porque em comparação aos vizinhos, está numa situação muito melhor”.

Para o banco, concluiu, é também muito importante apoiar as mulheres: “Da nossa experiência em toda a África, melhorar a condição das mulheres leva a uma melhoria do capital humano, a um melhor crescimento económico e a uma redução da pobreza, por isso temos programas no valor de 5 milhões de dólares para apoiar um milhão de raparigas”.

Ao contrário do Fundo Monetário Internacional, que estima uma recessão de 0,7%, o Banco Mundial antevê que Angola regresse já este ano a um crescimento económico positivo, com uma expansão de 0,4% do PIB.

“Angola deverá crescer 0,4% em 2021 e 3,1% em 2022, depois de cinco anos consecutivos de recessão, mas o país ainda está a lutar para ganhar fôlego, com elevados níveis de dívida e um fraco desempenha da indústria petrolífera”, lê-se no relatório “O Pulsar de África”, divulgado em Outubro no âmbito dos Encontros Anuais do Banco Mundial e do FMI.