Até 2022

Sonangol e Endiama serão parcialmente privatizadas

O Governo vai dispersar em bolsa uma parte das empresas petrolífera e diamantífera Sonangol e Endiama em 2021 ou no início de 2022, disse nesta terça-feira, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.

Sonangol e Endiama serão parcialmente privatizadas
D.R

"Estamos a apontar para o final de 2021 ou início de 2022 para iniciar o processo de privatização das grandes empresas como a Sonangol ou a Endiama", disse a governante angolana durante a conferência da Bloomberg Investir em África, que decorre hoje em formato virtual.

A venda faz parte da intenção do segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana para angariar verbas e reiniciar o crescimento económico positivo que não acontece há cinco anos. Até agora, Angola vendeu 30 empresas através de um programa de privatizações que vai até 2022, cujo total aponta para 195 activos que estão destinados a ser vendidos.

O prazo, no entanto, "depende da rapidez com que será possível organizar estas empresas e da garantia de cumprimento da 'due dilligence' [cumprimento das regras processuais internacionais] para capturar o interesse de investidores de qualidade", acrescentou Vera Daves.

Na intervenção que fez na conferência organizada pela Bloomberg, a ministra das Finanças disse que espera que 2021 seja um "ponto de inflexão" na recessão económica que o país atravessa desde 2016, e perspetiva uma estagnação para esse ano.

O crescimento, disse, será sustentado no setor não petrolífero, incluindo agricultura e minas, a que se juntam os resultados das reformas lançadas pelo executivo nos últimos três anos.

Relativamente à dívida pública, que a ministra elege como a principal prioridade, a par da saúde, Vera Daves disse que não tenciona emitir nova dívida até que as principais praças financeiras internacionais "recuperem a confiança" e assumiu que o Governo está ciente das dificuldades. "Estamos complemente cientes de que este não é um momento fácil", disse a governante, pedindo paciência aos jovens que nas últimas semanas têm feito várias manifestações em Angola a pedir melhores condições de vida.

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