Por falta de apoios e viabilidade

Projecto juvenil “Meu-Táxi” encerra hoje

O projecto 'Meu Táxi' que visava fomentar o auto-emprego e o empreendedorismo entre os jovens termina hoje. Lançado em 2015, por altura das festividades dos 40 anos da independência e das comemorações do dia da juventude, pelo antigo ministro da Juventude e Despostos, Gonçalves Muandumba, o projecto foi dando prejuízos.

Projecto juvenil “Meu-Táxi” encerra hoje
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Projecto foi lançado em 2015

O director das Organizações Chana, Paulo Vaal Neto, justifica, ao NG, o fim do projecto porque a empresa, detentora e financiadora, "estava a perder capacidade de resposta e a desgastar a imagem" com as dificuldades que foram surgindo durante o tempo.

O projecto, que apenas teve apoio institucional do Ministério, era 100% privado. O Estado apenas “ia dando algum apoio para alocação de recursos para assistência às viaturas”. Paulo Vall Neto contava com o apoio institucional, mas deixou de o ter. ”Era para facilitação da obtenção de divisas na banca ou financiamento a taxa bonificadas aos jovens para obtenção das viaturas. Não existindo esse apoio, o projecto encerra”.

O Banco Sol comprometeu-se a financiar o projecto, mas não chegou a fazê-lo. As entidades envolvidas no projecto começaram a ser notificadas em Novembro, para a criação de condições para o encerramento.

Os carros, que faziam parte da frota, vão sendo 'abatidos' a preço residual pelos motoristas que compunham o 'Meu Táxi'. O carro é avaliado e é proposto ao motorista uma possível compra. “Isso é um procedimento que fazíamos independente do encerramento dos carros ou não. Os motoristas depois de atingirem um depósito ficavam com os carros”, explica Vaal Neto.

O 'Meu Táxi' é baseado num sistema de 'franchising', pelo qual os jovens tinham o usufruto de uma viatura para uso profissional, desde que satisfizessem os critérios de selecção.

O projecto contava com 140 viaturas no inicio e 180 motoristas. Em função do desgaste e da retirada de viaturas que atingiam o mau estado, o número de empregados foi diminuindo, para apenas 30 carros e 30 motoristas até hoje.

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