Em Luanda

Polícia mata homem ao repreender jovens que não usavam máscara

Um homem foi hoje morto pela polícia, em Luanda, na sequência de um desentendimento após uma repreensão a um grupo de jovens por não usarem máscaras, disse à agência Lusa fonte policial.

Polícia mata homem ao repreender jovens que não usavam máscara
D.R
O uso de máscara facial na via pública é obrigatório.

Segundo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, tratou-se de um incidente, ocorrido por volta das 02:00 de hoje, que envolveu um jovem, que se encontrava num grupo de pessoas alegadamente sem respeitarem as medidas de prevenção da covid-19, impostas pelas autoridades.

“Foi um incidente de trabalho, o colega estava no seu exercício e no âmbito da fiscalização dos incumprimentos, um grupo de jovens, no Prenda, insurgiram-se contra a polícia e na tentativa de os afastar o colega acidentalmente disparou, atingindo mortalmente um deles”, explicou Nestor Goubel.

O responsável avançou ainda que o grupo se encontrava a consumir bebidas alcoólicas, pelo que foram chamados a abandonar o local.

Nestor Goubel referiu que, em reação, alguns jovens pretendiam destruir a esquadra móvel no local, tendo montado barricadas de pneus com fogo na estrada, e por isso foi necessário um reforço da polícia para conter os ânimos.

“A reação agudizou-se nas primeiras horas de hoje, algumas pessoas aproveitaram-se do momento e criaram barricadas, e queriam insurgir-se contra os efectivos que estavam na esquadra móvel para causar danos”, referiu.

De acordo com o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia, os efectivos envolvidos no caso já se encontram detidos.

A polícia está igualmente a dialogar com os familiares da vítima e a tratar com a polícia dos trâmites para o funeral, indicou ainda Nestor Goubel, sublinhando que a situação já está controlada.

No âmbito das novas regras de prevenção e combate à covid-19, o uso de máscara facial na via pública é obrigatório, com a pena do pagamento de multas entre os 5.000 e 10.000 kwanzas para quem desrespeitar a medida.

O país regista 506 infectados com a covid-19 e 26 óbitos.

 

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