PREVENÇÃO E COMBATE À COVID-19

Sindicato favorável à vacinação obrigatória

O presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola defendeu, esta sexta-feira, a vacinação obrigatória contra a covid-19, uma vez o país não tem capacidade de resposta para um quadro de descontrolo da doença.

Sindicato favorável à vacinação obrigatória
D.R.

Para Adriano Manuel, em declarações à Lusa, as alterações efectuadas pelo Governo em relação às medidas de prevenção e combate à propagação da covid-19 no país, “vacinar é a melhor opção nesta altura”.

“Eu sou de opinião que a vacina seja obrigatória, eu concordo, porque nós não temos recursos humanos suficientes se o sistema de saúde colapsar”, disse Adriano Manuel.

A partir do dia 15 deste mês passa a ser obrigatória a apresentação do certificado de vacinação para aceder a serviços e instituições públicas, para os maiores de 18 anos, essencialmente os que têm contacto directo com o público.

Quem não se for vacinado terá de apresentar o teste negativo da covid-19, que será válido por uma semana.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, em muitos países onde já se cumpriu entre 70 e 80% de vacinação da população diminuiu substancialmente a mortalidade, independentemente dos efeitos colaterais da vacina.

“Os estudos referem que nos países que vacinaram houve uma elevada diminuição do índice de mortalidade, que é o caso de Espanha, Itália, Portugal, provavelmente daí que o Governo toma a decisão de que todo o mundo tem que apanhar a vacina”, frisou.

Para Adriano Manuel “há vantagens desta vacina”.

“Eu pessoalmente tive covid e tinha as duas doses de vacina e a gravidade não foi grande, não precisei de estar hospitalizado, conheço outras pessoas vacinadas que tiveram covid e a gravidade também não foi grande. São raros os casos que temos pessoas que foram vacinadas, existem também, mas são muito raros, e chegaram a um quadro grave da doença. Então temos que olhar para os prós e contras. Nesta altura é muito mais vantajoso termos a vacina”, considerou.

Contudo, o médico defende a necessidade de se realizar um estudo para analisar o que estará na base desse aumento de casos e de óbitos, a partir do momento em que se começou a vacinar a população.

Por outro lado, Adriano Manuel questiona também a ligação entre o aumento de casos e maior testagem.

O país registou, nas últimas horas, 644 casos confirmados de covid-19, o maior número de infeções num dia, desde início da pandemia, com 11 óbitos associados à doença e 386 recuperações.

A covid-19 provocou pelo menos 4.771.320 mortes em todo o mundo, entre 233,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

 

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