Alerta inspector-geral da Saúde

É elevada a procura por afrodisíacos vindos da RDC

O Inspector-geral da Saúde, Miguel dos Santos de Oliveira, mostra-se preocupado com os produtos de tratamento de disfunção eréctil que entram no país, a partir da fronteira com a RDC, tendo em conta o elevado número de pessoas que acorrem para a aquisição destes fármacos.

É elevada a procura por afrodisíacos vindos da RDC
Santos Samuesseca
O mercado informal é o principal destino dos comerciantes.
Miguel dos Santos de Oliveira

Miguel dos Santos de OliveiraInspector-geral da Saúde

O inspector-geral alerta que a extensa fronteira constitui a primeira zona de entrada de medicamentos falsos e contrafeitos, que são um atentado à saúde pública.

Em declarações à Angop, Miguel dos Santos de Oliveira informou que, recentemente, foi apreendida, em Cabinda e na Lunda-Norte, uma quantidade ainda por se determinar de afrodisíacos não apropriados para o tratamento da disfunção eréctil, para o emagrecimento e bem para engordar.

O uso insistente destes produtos, segundo o inspector-geral da Saúde, tem criado inúmeras consequências, sobretudo no que às infecções e ao aumento de mortes dizem respeito, resultantes de problemas cardíacos, uma vez que tais produtos são comercializados, na sua maioria, em forma de chá.

O responsável assegura que a Inspecção do Ministério da Saúde está a combater esta prática, com um alargamento para o campo da medicina natural, onde se verifica igualmente a comercialização de tubérculos com efeitos contrários ao do tratamento de disfunção  eréctil, por quem buscam lucro fácil.

O responsável alerta, por isso, a população que os fármacos, com imagens eróticas fabricados na Costa do Marfim e na Nigéria, são de uso proibido.

Fragilidade da fronteira

É elevada a procura por afrodisíacos vindos da RDC(Posto fronteiriço entre Angola e a RDC)

O inspector-geral alertou que a extensa fronteira terrestre entre Angola e a RDC, no Norte e no Leste, constitui a primeira zona de entrada de medicamentos falsos e contrafeitos, que são um atentado à saúde pública.

Para Miguel de Oliveira, por ser uma zona difícil de controlar, tem permitido a entrada de quantidade de medicamentos não autorizados, tornando cada vez mais preocupante a situação, tendo em conta as consequências irreversíveis que estes produtos podem causar.

Por este facto, o responsável avançou que têm sido desenvolvidos esforços, com a retirada do mercado nacional nos últimos meses de um total de seis mil toneladas de medicamentos falsificados, contrafeitos e mal conservados.

Apesar disso, salientou que ainda verifica-se o aumento, em todo o país, de cidadãos envolvidos em práticas atentatórias contra a saúde humana.

O mercado informal, esclareceu, é o principal destino dos comerciantes de medicamentos falsos, numa altura em que o Ministério da Saúde tem as acções viradas no reforço do combate a estas práticas, através de campanhas de sensibilização sobre as principias consequências destes produtos e, ao mesmo tempo, a aplicação de métodos coercivos.

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