Moçambique deteta caso suspeito de poliomielite

As autoridades de saúde moçambicanas anunciaram hoje ter internado um caso suspeito de poliomielite no centro do país, numa adolescente cujos membros ficaram paralisados

Moçambique deteta caso suspeito de poliomielite

 

O caso foi detetado no distrito costeiro de Inhassunge, província da Zambézia, e a confirmação depende dos resultados de análises laboratoriais que estão em curso.

O Ministério da Saúde moçambicano está a mobilizar recursos para realizar em julho uma terceira ronda de vacinação de crianças contra a poliomielite este ano.

A primeira ronda foi lançada em março, depois de em fevereiro ter sido detetado um caso de poliomielite no vizinho Maláui.

A segunda fase de vacinação foi lançada em abril, totalizando 4,2 milhões de crianças abrangidas e com um caso de poliomielite confirmado em Tete, província do interior centro de Moçambique que faz fronteira com o Maláui. Este caso de Tete foi confirmado em maio e foi o primeiro em Moçambique desde 1992.

A análise de sequenciamento genómico permitiu associar a infeção a uma variante que circulava no Paquistão em 2019, tal como aconteceu com o caso relatado pelo Maláui em fevereiro.

 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) esclareceu que os dois casos não afetam a certificação que declara África livre do poliovírus selvagem (desde agosto de 2020), porque a variante do vírus não é nativa.

Globalmente, o poliovírus selvagem é endémico no Afeganistão e no Paquistão.

A poliomielite é uma doença infeciosa sem cura que afeta sobretudo as crianças com menos de cinco anos e que só pode ser prevenida com a vacina. 

Nalguns casos, pode provocar paralisia de membros.

“As crianças em todo o mundo continuam em risco de poliomielite selvagem se o vírus não for erradicado nas últimas áreas em que ainda circula”, tem alertado a OMS.

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