Reino Unido

Boris Johnson quer que os professores voltem a bater nos alunos

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apresentou um novo pacote com quatro bases para a área da educação. Um dos pontos versa sobre a disciplina nas escolas britânicas, que poderão ver regressar o uso da força, segundo mostram documentos a que o 'The Guardian' teve acesso. Um dos pontos prevê a "utilização razoável da força".

Boris Johnson quer que os professores voltem a bater nos alunos
D.R.
Boris Johnson

Boris JohnsonPrimeiro-ministro do Reino Unido

Segundo dados do departamento de educação do Reino Unido, cerca de 32 mil alunos foram permanentemente expulsos desde o ano lectivo de 2013-14.

Os pilares desta nova lei terão começado a ser construídos pelo antigo secretário de estado da Educação, Damian Hinds, mas, segundo o 'The Guardian', o documento sofreu algumas adendas, entre as quais a que sugere o regresso da força às escolas do Reino Unido.

O conselho para que professores e funcionários escolares utilizem a força neste tipo de ambientes já estava implícito, mas a utilização de uma frase deste género numa lei pode reforçar a situação, com a intenção de reforçar o poder dos educadores.

O ponto fulcral do documento é o número 16, que afirma que "o governo apoia os professores na melhoria do comportamento e vai apoiá-los a criar um ambiente seguro e disciplinado nas escolas". Eis a totalidade das propostas para melhorar a atitude dos jovens: "sanções e recompensas; utilização razoável da força; procurar e confiscar objetos aos alunos; impor dias de castigo; suspender ou expulsar alunos; banir os telemóveis".

Segundo dados do departamento de educação do Reino Unido, cerca de 32 mil alunos foram permanentemente expulsos desde o ano lectivo de 2013-14. As outras três medidas do documento estão relacionadas com o financiamento escolar e com os salários dos professores.

O governo pretende mesmo fazer dos professores uma das classes graduadas mais bem pagas do país. A totalidade das medidas prevê um custo adicional de cerca de 3.8 milhões de euros.

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