Alerta responsável

Angola precisa de 15 radioncologistas

Angola precisa de, pelo menos, 15 médicos especialistas em Radioncologia para responder ao número de pacientes com diversos tipos de cancro nas unidades sanitárias.

Angola precisa de 15 radioncologistas
D.R.
sabel Nvunda

sabel NvundaResponsável da área no Instituto Nacional de Combate ao Cancro

O reforço da formação contínua é a única forma, de acordo com Isabel Nvunda, de se poderem ultrapassar situações desagradáveis registadas nas unidades sanitárias.

O grito de socorro vem da responsável da área no Instituto Nacional de Combate ao Cancro, Isabel Nvunda, que, em declarações à Angop, avançou que o país conta apenas com três médicos nesta especialidade, um número que diz ser "insuficiente" para cerca de 25 milhões de habitantes.

A radioncologia é um termo novo adoptado para integrar as áreas conhecidas como radioterapia e radiocirurgia, uma área que, segundo Isabel Nvunda, chega a atender 90 pacientes por dia.

A radioterapia é um tratamento em que se utilizam radiações ionizantes (como o raio-X), um tipo de energia direccionada, para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. Essas radiações não são visíveis e durante a aplicação o paciente não sente nada.

O sector de radioterapia do Instituto Nacional de Combate ao Cancro registou algum avanço no que toca a aquisição de equipamentos e actualmente funciona com três aparelhos.

Com o aumento das máquinas, acrescentou, tornou-se reduzido também o número de técnicos, pelo que se coloca a necessidade de recrutar, pelo menos, 30 profissionais para se juntarem aos 17 existentes.

“Cada equipa trabalha em regime de turno, cumprindo no máximo oito horas“, reforçou.

O reforço da formação contínua é a única forma, de acordo com Isabel Nvunda, de se poderem ultrapassar situações desagradáveis registadas nas unidades sanitárias e o erro deve ser analisado em várias dimensões, laboral, ético, judicial e cívico, e todas essas posições são independentes em função dos critérios utilizados.

A maioria dos pacientes com câncer é tratada com radioterapia e os resultados costumam ser positivos. O tumor pode desaparecer e a doença ficar controlada ou curada.

Em alguns casos, a radioterapia pode ser usada em conjunto com a quimioterapia, que é o uso de medicamentos específicos contra o câncer. Isso vai depender do tipo de tumor e da escolha do tratamento ideal para superar a doença.

Cada pessoa reage de forma diferente ao tratamento. Dependendo da área a ser tratada, podem ou não surgir efeitos colaterais comuns à radioterapia. Por isso, uma vez por semana é feita uma consulta de revisão.

Alguns efeitos indesejáveis são frequentes, independentemente da área do tumor. Entre eles estão cansaço, reacções de pele, perda de apetite e dor ao engolir.

Geralmente, aparecem ao final da segunda semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento. O médico ou enfermeiro devem ser avisados sobre a existência de efeitos colaterais para que possam instruir o paciente.

Os serviços de radioterapia do Instituto de Cancro é composto por 17 técnicos de radioterapia, oito físicos médicos, dois ondometristas e dois engenheiros de electromedicina.

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