Campanha pretende eliminar a sida em crianças

‘Nascer para brilhar’ lançada no Luena

No âmbito do combate à sida, a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, lançou na semana passada a campanha ‘Nascer Livre para Brilhar’, que pretende reduzir para metade a transmissão do VIH de mãe para filho. Em Angola, nasceram, no ano passado, 5.500 crianças com o vírus.

‘Nascer para brilhar’ lançada no Luena

Reduzir para a metade até 2022 a taxa de transmissão do VIH de mãe para filho é o grande objectivo da campanha ‘Nascer Livre para Brilhar’ lançada, na passada semana, pela primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, no Luena, Moxico.

‘Nascer Livre para Brilhar’, com duração prevista para três anos, tem como prioridade a erradicação da sida em crianças até 2030, através da eliminação da transmissão do VIH de mãe para filho. Pretende ainda advogar a continuação da prevenção da transmissão de mãe para filho (PTV) do VIH, aumentar o diagnóstico precoce do VIH e melhorar a cobertura do tratamento do vírus pediátrico.

Dados do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida (INLS) mostram que, em Angola, a taxa de transmissão de sida de mulheres grávidas para os filhos é de 26 por cento, numa escala de 21 mil gestantes com VIH por ano. Estima-se que anualmente nasçam 5.500 crianças com sida e que 27 mil crianças até aos 14 anos de idade viveram com a doença. E ainda que haja cerca de 310 mil pessoas seropositivas no país.

Angola continua a ser um dos 21 países prioritários para a implementação do ‘Plano global de eliminação de novas infecções por VIH em crianças e manter as mães vivas’, devido à sua baixa cobertura dos serviços de prevenção e pediatria. Recentemente, o Ministério da Saúde (Minsa) apresentou o Plano Nacional de Aceleração do combate ao VIH/sida 2019-2022, que visa reduzir a taxa de transmissão do VIH de mãe para filho para metade até 2022 e reafirmar os objectivos 90/90/90, ou seja, que 90 por cento das grávidas sejam testadas, 90 por cento das grávidas positivas sejam tratadas e 90 por cento das grávidas testadas tenham a sua carga viral indetectável, até 2022. Cerca de 70 milhões de dólares vão ser investidos no Plano. A campanha

‘Nascer Livre para Brilha’ enquadra-se num programa continental materializado pela OAFLA (Organização das Primeiras Damas de África), fundada por 37 primeiras damas africanas em 2002, durante a 29.ª Assembleia Geral da União Africana, em Janeiro.

 

 

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