Congresso vai reunir PALOP entre 26 e 28 deste mês

Angola participa na formação de serviços de saúde em Portugal

Angola participa na formação de serviços de saúde em Portugal
D.R.
Em análise, formas de cooperação serviços de saúde.

Angola e outros Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) vão receber, a partir de amanhã, quarta-feira (26), no Centro de Congresso do Estoril, em Cascais, Portugal, formação sobre gestão de serviços de saúde.

A ideia, segundo o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), é proporcionar estágios, troca de experiências e aprendizagem mútua. “Vamos abrir as portas dos hospitais portugueses para acolher gestores desses países e também dar apoio de consultoria para a gestão de serviços de saúde nesses países”, disse Alexandre Lourenço em declarações à Lusa, a propósito do 27.º congresso da Associação Europeia dos Administradores Hospitalares, que decorre até sexta-feira.

No primeiro dia do congresso, vão ser discutidas formas de cooperação na gestão de serviços de saúde entre o Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe e Timor, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com o patrocínio da Federação Internacional dos Hospitais.

“Para nós, o desenvolvimento dos sistemas de saúde depende muito da capacidade de liderança e da gestão das organizações e, particularmente, o Brasil e Portugal têm maior capacidade nestas áreas e estamos a organizar um ‘workshop’ que vai permitir fazer essa ponte e apoiar os outros países lusófonos nesta matéria”, adiantou o presidente da APAH.

O objectivo é também encontrar “pontes e possibilidade de gestão”, que passam pela promoção de programas de estágio e de capacitação de gestores. “Em Portugal e a nível europeu, promovemos estágios” de curta duração (um mês), em que gestores portugueses vão a outros países e vice-versa, e “vamos propor isso a estes países africanos”, explicou o presidente da APAH.

Segundo Alexandre Lourenço, esses programas de estágio vão ser disponibilizados pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e pelo Colégio Brasileiro dos Executivos de Saúde.

“Também existe da nossa parte uma necessidade de aprender muito com os colegas africanos”, que vão dar a conhecer a realidade dos seus países no congresso, disse.

Por outro lado, a experiência adquirida em Portugal e na Europa para combater doenças infecciosas também “pode ser útil” para ajudar os países lusófonos.

“Em Portugal e na Europa, estamos muito focados nas doenças crónicas e a reestruturação do sistema funciona muito nesta base”, mas estes países “continuam a viver grandes dificuldades no âmbito das doenças infecciosas.

Nesse sentido, a experiência adquirida “ao longo do tempo para combater essas doenças infecciosas pode ser útil a apoiar estes países.

Mas o que se pretende mesmo “é uma cooperação conjunta para conseguir perceber os problemas e criar momentos de troca de experiências e de aprendizagem mútua”, frisou Alexandre Lourenço.

 

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