Senegal

Relatório denuncia exploração e abusos sexuais a alunas

Relatório denuncia exploração e abusos sexuais a alunas
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Um relatório da organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) alertou hoje, quinta-feira (18,) para a exploração e abusos de alunas adolescentes em escolas no Senegal, contrariando os esforços adoptados pelo país no acesso de raparigas ao ensino secundário.

No relatório intitulado ‘Não é Normal: A Exploração Sexual, Assédio e Abuso em Escolas Secundárias’, são documentados abusos conduzidos por professores e funcionários de escolas secundárias contra estudantes, naquele país.

A HRW relata casos de professores que, abusando da sua autoridade, se envolvem sexualmente com estudantes a troco de dinheiro, boas notas, comida ou bens, como telemóveis ou novas roupas.

“Apesar de tudo, o Senegal reconhece que a violência sexual é um problema sério”, disse Elin Martinez, investigadora para os direitos das crianças na Human Rights Watch, acrescentando que, ainda assim, “muitos professores saem impunes à exploração sexual e assédio às suas estudantes, que toleram as ofensas sexuais para progredir na escola secundária”.

Aquela organização não-governamental (ONG) considera que esse comportamento é “uma grave violação das obrigações éticas e profissionais dos professores” e assinala que quando as vítimas têm menos de 16 anos, constitui um crime para a lei senegalesa.

A organização, com sede em Nova Iorque, sublinha que o assédio e coação de estudantes para propósitos sexuais e abuso de poder e autoridade pelos professores no Senegal pode levar a uma pena de prisão de até dez anos.

Para a realização do relatório, a ONG entrevistou mais de 160 raparigas e jovens mulheres e 60 pessoas, incluindo pais, especialistas da área da educação, psicólogos e membros de governos locais e nacionais em quatro regiões do Senegal.

 

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