Relações voltam à normalidade

Sep 20, 2018 às 13:22

Depois de meses de forte tensão, o primeiro-ministro português visita oficialmente Angola com o objectivo de atirar as divergências “para o museu”. João Lourenço tem agendada uma visita a Portugal a 23 e 24 de Novembro.

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O primeiro-ministro de Portugal. António Costa, afirmou na segunda-feira, em Luanda, que o passado nas relações luso-angolanas “fica no museu”, revelando que os dois países se preparavam para fechar um novo acordo de cooperação estratégica, sendo esta “um sinal de confiança em relação ao futuro”.

Ultrapassada a tensão nas relações bilaterais Portugal-Angola, provocada pelo processo judicial, considerado “irritante”, que envolvia o ex-vice-Presidente, Manuel Vicente, António Costa e João Lourenço ficaram de assinar, na terça-feira, vários acordos de cooperação económica, ligados à agricultura e às questões fiscais, como o fim da dupla tributação, passando ainda em revista as dívidas do Estado angolano às empresas portuguesas.

Simbolicamente, António Costa começou a visita oficial no Museu de História Militar, o que foi aproveitado pelo chefe do governo português para sublinhar que isso “pode significar que o passado ficou no museu e que agora lhes compete construir o futuro.

O governante avança ainda que, com o novo ambiente, se abre a porta no plano económico com acordo de dupla tributação e uma nova linha de crédito de garantia às exportações”, bem como se inicia uma nova era nas relações internacionais, sobretudo com África e a União Europeia.

Nos últimos anos, as relações entre os dois países têm sofrido constantes oscilações, primeiro, no tempo de José Eduardo dos Santos, por desentendimentos políticos. Depois, já com João Lourenço na Presidência, por causa do chamado ‘caso Manuel Vicente’. Historicamente, desde a independência de Angola, as relações entre os dois Estados variam entre o optimismo e a tensão. Portugal foi o 88.º país a reconhecer a independência de Angola, o que viria acontecer apenas em Fevereiro de 1976.

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