Diploma prevê estabelecer regras

Regulamento prevê ensino à distância na primária

A Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros apreciou, nesta segunda-feira, em Luanda, o Projecto de Decreto Presidencial que aprova o Regulamento das Modalidades de Ensino à Distância e Semi-Presencial no Ensino Primário e Secundário.

Regulamento prevê ensino à distância na primária
D.R

O diploma estabelece as regras que garantam a regular e contínua transmissão de conhecimentos com recurso às novas tecnologias e outros meios de comunicação. Os membros da Comissão consideraram “oportuna e pertinente” a aprovação do diploma, numa altura em que o reinício das aulas em todo o território nacional está dependente da evolução da situação epidemiológica da covid-19.

“Não sendo possível, de momento, o regresso às aulas presenciais, surge a necessidade de aprovação de um instrumento jurídico que permita o prosseguimento do processo docente-educativo nas modalidades de ensino à distância e semi-presencial, dada a relevância que o ensino tem no desenvolvimento cognitivo e psico-emocional das crianças e dos jovens”, refere o comunicado divulgado no final da reunião ordinária. 

A ministra da Educação informou que o regulamento do Ensino à Distância e Semi-Presencial vai permitir que as aulas aconteçam independentemente do espaço físico. Tem, também, como objectivo alargar o acesso à escolaridade a nível do ensino primário e secundário. Acrescentou que o diploma vai ao Conselho de Ministros, para aprovação do Presidente da República.

 

 

Governo prevê acabar com a monodocência

O Executivo continua a estudar estratégias para acabar com a monodocência na 5.ª e 6.ª classes, mas descarta a possibilidade da sua implementação a partir do próximo ano lectivo. 

A informação foi prestada, na segunda-feira, em Luanda, à imprensa, pela ministra da Educação, Luísa Grilo, no final da reunião da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.

A ministra da Educação justificou a não entrada em vigor do sistema a partir do próximo ano lectivo com a necessidade de reestruturação do currículo das escolas do ensino primário, formação dos professores e a mexida a efectuar no conteúdo de outras ferramentas conexas. “Se houver condições vamos avançar. Mas o que é facto é que a medida vai mesmo acontecer”, afirmou a ministra.

Luísa Grilo referiu que o fim da monodocência nas referidas classes vai implicar o recrutamento de mais professores para o sistema de ensino, atendendo que um único docente deixará de leccionar quatro a cinco disciplinas.

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