Segundo o PNUD

Pobreza em Angola reduz para 51 por cento

A taxa de pobreza multidimensional em Angola reduziu de 77,4 por cento (2011) para 51,2 por cento em 2018, segundo o estudo do PNUD, dados que contrastam com os indicadores do Governo que apontam uma incidência de 36 por cento.

Pobreza em Angola reduz para 51 por cento
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Henrik Fredborg Larsen, director do PNUD em Angola

No período em análise, 30,1 por cento vivem de 1,90 dólares/dia, 55,7 por cento de 3,20 dólares/dia e 36,6 por cento na linha de pobreza nacional, segundo o relatório de Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), apresentado hoje, em Luanda.

O relatório indica que os dados mais recentes mostram ainda que um de cada três angolanos (36,6 por cento) vive em pobreza extrema, abaixo da linha da pobreza nacional.

Segundo o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022, o Governo prevê reduzir a taxa de pobreza de 36 por cento para 25 por cento até o fim do quinquénio.

De acordo com o director do PNUD em Angola, Henrik Fredborg Larsen, a redução do Índice de Pobreza Multidimensional no país foi impressionante nos últimos anos, fruto das políticas gizadas pelo executivo.

Na ocasião, o responsável felicitou o Governo e o Instituto Nacional de Estatística por promoverem o novo Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA), que irá fornecer dados actualizados sobre a pobreza.

Este inquérito, afirmou, vai contribuir no apuramento real da pobreza que será fundamental para o desempenho e o orçamento das políticas.

Para o economista Precioso Domingos, é necessário que no curto prazo o Governo trabalhe para devolver o poder de compra às famílias, empresas, fazer investimentos certos no país e reduzir as exportações de bens e serviços, para sair da recessão económica que Angola atravessa.

O estudo apresentado no âmbito do Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza/2018, a ser assinalado amanhã quarta-feira (17), aponta ainda que 50 por cento dos pobres globais são crianças, 84 por cento vivem na área rural e 46% em pobreza severa.

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