Remetidos pelo IGAE só este ano

PGR recebeu 35 processos-crime por peculato

A Inspecção-Geral da Administração do Estado (Igae) remeteu, este ano, à Procuradoria-Geral da República, 35 casos que indiciam a prática de peculato e de irregularidades na gestão de recursos públicos, noticiou o 'Jornal de Angola'.

PGR recebeu 35 processos-crime por peculato
D.R.
Sebastião Ngunza

Sebastião NgunzaInspector-geral da Administração do Estado

A Igae trata de verificar as irregularidades ou anomalias que os serviços ou agentes públicos praticam e que lesam os interesses do Estado.

Segundo o inspector-geral da Administração do Estado, Sebastião Ngunza, que não revelou os sectores envolvidos, os actos registados indiciam, à partida, má gestão de alguns agentes públicos, o que leva, em alguns casos, a Igae a pautar pela acção pedagógica, de modo a reparar os erros, e os outros casos são remetidos à PGR para a instauração de processos-crime.

O responsável referiu que não é o número de casos que está em causa, mas o que preocupa é a quantidade de agentes públicos que continuam a cometer actos e práticas absolutamente irregulares no exercício das funções públicas, sendo, por isso, que a Igae lançou a campanha de combate à pequena corrupção que envolve o cidadão que precisa dos serviços do Estado.

Sebastião Ngunza lamentou o facto de, actualmente, verificarem-se, em várias instituições públicas, agentes públicos que dificultam o cidadão comum ao prestar-lhe um serviço normal dentro das normas legais, um comportamento, assinala, que visa incentivar o cidadão a pagar valores monetários em troca de um tratamento merecido por direito.

O inspector-geral da Administração do Estado prometeu combater tais práticas, para que os agentes públicos possam mudar de consciência na sua actuação. Sebastião Ngunza lembrou, entretanto, que não é da responsabilidade do Igae, mas sim da PGR, tratar de matérias ligadas a procedimentos criminais.

“A Igae trata de verificar as irregularidades ou anomalias que os serviços ou agentes públicos praticam e que lesam os interesses do Estado”, concluiu.

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