Zimbábue

Oposição adia posse presidencial

Inicialmente marcada para o domingo, a investidura de Emmerson Mnangagwa, declarado vencedor das eleições presidenciais de 30 de Julho pela Comissão Eleitoral do Zimbábue, foi suspensa. A oposição pede a recontagem dos votos, alegando manipulação de resultados.

Oposição adia posse presidencial

Inicialmente marcada para o domingo, a investidura de Emmerson Mnangagwa, declarado vencedor das eleições presidencias de 30 de Julho pela Comissão Eleitoral do Zimbábue, foi suspensa. A oposição pede a recontagem dos votos, alegando manipulação de resultados.

O principal partido da oposição no Zimbábue apresentou, na passada sexta-feira, um recurso contra os resultados das eleições presidenciais de 30 de Julho. O Movimento para a Mudança Democrática (MDM) alega que os resultados foram manipulados para garantir a vitória de Emmerson Mnangagwa, o sucessor de Robert Mugabe.

Liderada por Nelson Chamisa, após a morte de Morgan Tsvangirai, o MDM pede a recontagem dos votos ou que o seu candidato seja declarado vencedor.

As investiduras de Mnangagwa, no poder desde a saída de Robert Mugabe, em Novembro, e do seu governo estavam planeadas para domingo, mas foram suspensa, tendo o ministro da Justiça, Ziyambi Ziyambi, confirmado a informação. “A investidura não decorrerá como previsto. Todos os procedimentos estão suspensos e aguardam a decisão do Tribunal Constitucional”, decretou.

As primeiras eleições no Zimbábue, após a era de Robert Mugabe, ficaram marcadas por confrontos pós-eleitorais que provocaram a morte de seis pessoas. A missão de observadores internacionais, que inclui, entre outros, representantes da União Europeia, dos EUA, da Commonwealth e da União Africana, condenaram a demora no anúncio dos resultados e a violência ocorrida durante a campanha presidencial.

Emmerson Mnangagwa dirige o Zimbábue desde a queda, em Novembro, de Robert Mugabe, obrigado pelos militares e pelo seu partido, Zanu-PF, a demitir-se ao fim de 37 anos no poder. Desde a independência em 1980, o país só conheceu dois chefes de Estado, ambos do Zanu-PF: Mugabe e Mnangagwa, o antigo vice-presidente, de 73 anos, que obteve a legitimidade eleitoral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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