No primeiro semestre de 2019

Líbia regista 321 assassinatos

No primeiro semestre de 2019, foram registados na Líbia, pelo menos, 321 assassinatos e 424 ataques violentos, revela o último relatório da Organização líbia de solidariedade de direitos humanos.

Líbia regista 321 assassinatos
D.R.
A Líbia possui actualmente dois governos.

Junho é apontado como o mês mais violento, com 135 pessoas assassinadas, 32 por cento do total.

O estudo, que analisa as 13 principais cidades do país, assinala que quase todas as vítimas foram civis, das quais se incluem 28 por cento alvo de sequestros e 27 por cento de detenções arbitrárias.

Junho é apontado como o mês mais violento, com 135 pessoas assassinadas (32 por cento do total), enquanto a cidade com maior taxa de criminalidade foi Bengazi (capital do Leste da Líbia) com 60 homicídios, seguida de Sebha (Sul) com 55 e Sebratha (Oeste) com 43.

O marechal Khalifa Haftar, um dos mais poderosos chefes militares do país e cujas tropas controlam a maior parte da Líbia e a totalidade das jazidas petrolíferas, desencadeou, a 4 de Abril, uma ofensiva para tentar conquistar a capital Tripoli, em plena visita oficial do secretário-geral da ONU, António Guterres, numa clara mensagem aos responsáveis internacionais.

Desde o início desta operação militar, já foram mortas mais de mil pessoas, entre combatentes e civis, pelo menos cinco mil ficaram feridas e um milhão de líbios foi forçado a abandonar a sua casa, tornando-se deslocados internos.

A Líbia possui actualmente dois governos, o do Leste, tutelado por Haftar e apoiado militarmente pelo Egipto, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, França e Rússia, e o outro designado Governo de Acordo Nacional (GAN), instalado em Tripoli e apoiado pela ONU.

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