No sábado, 24 de Agosto

Jovens marcham contra elevado índice de desemprego

Jovens marcham contra elevado índice de desemprego
D.R.

Donito CarlosMembro da organização

O objectivo é relembrar os 500 mil empregos que o titular do poder executivo, João Lourenço, prometeu na campanha eleitoral, em 2017, e estamos na terceira edição da marcha contra o índice elevado de desemprego no nosso país.

Um grupo de jovens pretende maniferstar-se, no sábado, 24, em várias províncias, contra o "elevado nível de desemprego" e "exigir o cumprimento da promessa" do Presidente sobre a criação de 500 mil empregos.

"O objectivo é relembrar os 500 mil empregos que o titular do poder executivo, João Lourenço, prometeu na campanha eleitoral, em 2017, e estamos na terceira edição da marcha contra o índice elevado de desemprego no nosso país", disse à Lusa, Donito Carlos, membro da organização.

Segundo a organização, além de Luanda, a marcha contra o elevado nível de desemprego, agendada para manhã de sábado, que deve juntar estudantes e activistas, vai decorrer igualmente em Malanje, Bengo, Kwanza-Norte, Lunda-Norte, Uíge e Benguela.

Em 22 de Julho de 2017, em plena campanha eleitoral para as eleições gerais de Agosto, João Lourenço prometeu que, numa só legislatura, iria conseguir criar, pelo menos, meio milhão de empregos, reduzir um quinto à taxa de desemprego de 28,8 por cento segundo os mais recentes dados do INE, referentes a 2018.

Donito Carlos considera "legítima" a exigência dos jovens sobre o cumprimento da promessa eleitoral de João Lourenço, "porque, como sabemos, em Angola há um índice elevado de desemprego e queremos fazer lembrar aos gestores públicos que o emprego é importante para a vida das pessoas e que o desemprego marginaliza".

A marcha contra o "elevado nível de desemprego" em Angola, agendada para sábado, será a terceira, sendo que, em 2018, os jovens saíram à rua por duas vezes com o mesmo propósito.

Em Abril, João Lourenço aprovou o Plano de Acção para Promoção da Empregabilidade (Pape) que disponibiliza o equivalente a 58,3 milhões de euros para promover o emprego, que "deverão ser criados e absorvidos pelo sector produtivo da economia", para dar cumprimento à promessa feita em 2017.

A verba será proveniente do Orçamento Geral do Estado (OGE) e do Fundo de Petróleo.

Para o primeiro ano de execução do Pape, o Governo estima um custo superior a 7.600 milhões de kwanzas, estando igualmente prevista a possibilidade de outros financiamentos alheios ao OGE e ao Fundo do Petróleo.