Na 7.ª Conferência Internacional de Tóquio

Japão reafirma parceria com países africanos

O Japão vai reafirmar nos próximos dias o seu interesse de reforçar a parceria estratégica com os países africanos, ao acolher, de 28 a 30 deste mês, a 7.ª Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento e África (TICAD7).

Japão reafirma parceria com países africanos
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Conferência acontece de 28 a 30 deste mês.

O Japão apoia actualmente em África, no quadro da TICAD, a construção de infra-estruturas e projectos agrícolas em Angola, Senegal, Quénia, África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Ruanda e Madagáscar.

As relações de cooperação entre japoneses e africanos remontam aos anos 50, mas só ganharam dinamismo e intensidade nos últimos 26, com a institucionalização da TICAD, evento que tem permitido a aproximação nipónica ao "continente berço".

Com esse fórum, o Japão pretende ajudar a tornar sustentável o crescimento económico de todos os países com os quais mantém relações, nas próximas décadas, apostando na construção de infra-estruturas de qualidade e na formação de recursos humanos.

Foi a pensar nessa aposta que durante a TICAD VI, realizada em 2016, no Quénia, o Japão anunciou um investimento de cerca de 30 mil milhões de dólares, em três anos (2016-2018), em projectos público-privados para assegurar o futuro sustentável de África.

A título ilustrativo, o Japão apoia actualmente em África, no quadro da TICAD, a construção de infra-estruturas e projectos agrícolas em Angola, Senegal, Quénia, África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Ruanda e Madagáscar.

Esse apoio representa um estímulo para o desenvolvimento do continente africano que, segundo dados do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), duplicou o seu Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dez anos, com um crescimento médio anual de 5 por cento.

Em Angola, o Japão tem participação no projecto de reabilitação e expansão do Porto Comercial do Namibe e do terminal mineiro de Saco-Mar, que permitirá ao país voltar a exportar o minério de ferro da Jamba Mineira, na Huíla.

Também está presente no sector das telecomunicações, tendo assegurado, em Março de 2016, um financiamento para a Angola Cables S.A, através do Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), assente na aquisição de equipamentos e serviços de empresas japonesas (NEC, OCC).

Isso serviu para a execução do projecto de instalação de cabo submarino óptico no Atlântico Sul.

Outro sector com presença notória dos japoneses é o têxtil, em que financiaram mil milhões de dólares na reabilitação das três indústrias em Angola, designadamente a Satec, no Kwanza-Norte, Textang II, em Luanda, e a Alassola, em Benguela.

Além destes sectores, os nipónicos também participam activamente no processo de desminagem, apoiam projectos na agricultura, formação profissional e saúde, como a reabilitação do hospital Josina Machel, em Luanda.

Actualmente, o Japão negoceia com países como Argélia, Angola, Costa do Marfim, Gana, Marrocos, Tanzânia e Zâmbia para a assinatura do BIT, a fim de proteger e promover o investimento.

 

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