Até 2023

Governo garante que alívio da dívida permite poupar 6 mil milhões USD

A ministra das Finanças afirmou hoje que as iniciativas para o alívio da dívida negociadas no âmbito do G20 se deverão traduzir numa poupança de seis mil milhões de dólares até 2023. “Estamos no caminho certo, os números falam por si. Do adicional íamos receber 500 milhões [422 milhões de euros], vamos receber mais 500 e, no fim, da Quarta Avaliação recebemos o remanescente, correndo tudo bem receberemos mais 765 milhões de dólares”, afirmou Vera Daves numa conferência de imprensa realizada hoje, em Luanda, dois dias após o anúncio da terceira revisão do programa de financiamento do Fundo Monetário Internacional.

Governo garante que alívio da dívida permite poupar 6 mil milhões USD

 

A responsável da pasta das Finanças adiantou que estes “são benefícios monetários concretos” aos quais o Governo quer dar bom uso e mostram que a dívida pública angolana, “apesar de estar sujeita a grande pressão, continua sustentável” e trazem “tranquilidade no médio e longo prazo”.

Vera Daves agradeceu o “movimento” dos credores internacionais que se solidarizaram com o Governo devido a esta pressão.

“Os nossos parceiros multilaterais e os maiores credores bilaterais, observando toda essa pressão e todas essas consequências da pandemia e todo o impacto que a pandemia está a ter sobre as contas públicas angolanas prontamente se solidarizaram”, afirmou, o que se irá traduzir em “poupanças concretas”.

Segundo a ministra, o somatório das iniciativas dentro do G20 deverá permitir alcançar poupanças de, aproximadamente, 6 mil milhões de dólares até 2023.

“Naturalmente é um número que nos entusiasma, mas não podemos ficar demasiado eufóricos porque a situação das contas públicas continua delicada”, ressalvou Vera Daves, acrescentando que o ‘stock’ da dívida publica deve atingir 123 por cento até ao final do ano.

Com as verbas aprovadas, o Governo conta “não só continuar a honrar o serviço da dívida, mas ter um reforço para o combate” à pandemia da covid-19, assinalou.

A decisão do FMI, anunciada na quarta-feira, eleva o total do programa de assistência financeira a Angola para quase 4,5 mil milhões de dólares.

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