No Kwanza-Sul

Destruídos mais de três mil engenhos explosivos

O Instituto Nacional de Desminagem (Inad) destruiu 3.268 engenhos explosivos nos municípios do Seles, Quilenda, Mussende e Sumbe, no kwanza-Sul, entre Janeiro e Março.

Destruídos mais de três mil engenhos explosivos
D.R.

Dos materiais letais removidos e destruídos constam 17 minas, 78 obuses, 25 projécteis diversos, 19 roquetes, 73 granadas, 17 cabeças combativas, 3.025 munições e 14 cargas propulsoras.

Dos materiais letais removidos e destruídos constam 17 minas, 78 obuses, 25 projécteis diversos, 19 roquetes, 73 granadas, 17 cabeças combativas, 3.025 munições e 14 cargas propulsoras.

Nesta altura, os técnicos da instituição trabalham na desminagem da localidade de Chol Chol, zona das Cahoeiras do Binga, nas mediações entre o município do Sumbe e Porto Amboim, um local que se destina a prospecção mineira.

Entre 2006 e 2019, foram removidas minas e engenhos explosivos em 434 quilómetros de estradas, 238 linhas  de alta tensão, 240 quilómetros de linhas de fibra óptica, tornando uma superfície de  49 milhões 329 mil 280 metros quadrados livres  de minas e engenhos explosivos.

Para a realização deste trabalho, participaram 34 sapadores, que removeram 758 minas, 8.189 engenhos não detonados, 7.064 munições, 282.021 metais, com recurso a detectores de minas, máquinas de desminagens mecânicas e a tecnologia denominada ‘Ebex’ e ‘Forester’.

A acção permitiu o acesso a linhas de alta tensão, faróis para navegação marítima, campos agrícolas, aeroportos, pontes, zonas para construção de barragens mini-hídricas, instalações de fibra óptica e subestações eléctricas.

O coordenador da Comissão provincial Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), Jorge Manuel Pombo, apontou, durante uma reunião da coordenação provincial do programa de acção contra as minas, a existência de 169 localidades e 269 zonas suspeitas, dos quais 128 confirmadas.

 Jorge Manuel Pombo apontou os municípios da Cela, Seles, Ebo, Quilenda e Amboim como os mais minados no Cuanza Sul.

Disse que, além de colocar em perigo cidadãos em 169 comunidades, abrange, entre outras, oito estradas, 26 terras agrícolas e 29 zonas de pastos e pontes nas principais estradas nacionais.

O responsável da defesa das comunidades, coronel Augusto Trocado, apontou a existência de minas aquáticas nas pontes sobre os rios Longa, Queve e Lussusso que urge a necessidade de trabalhos de desminagem.

No Kwanza-Sul, com 1.881,873 habitantes em 12 municípios e 36 comunas, estão identificadas 269  áreas suspeitas de minas, nos municípios do Ebo, Mussende, Cassongue, Cela, Quilenda e Seles, sendo a terceira região mais minadas do país, antecedida pelo Moxico e Kuando-Kubango.

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