Até 2022

BNA promete reduzir inflação a um dígito

A inflação no país deve baixar de dois para um dígito, até final de 2022, estimou o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, em Nova Iorque, em declarações a jornalistas sobre o desempenho da economia nacional.

BNA promete reduzir inflação a um dígito
D.R
José de lima Massano, governador do banco central

 “Se não conseguirmos introduzir estabilidade em termos de inflação, divisas, no fim de contas não estaremos a construir a infra-estrutura para a promoção do crescimento sustentável,” afirmou o governador do BNA, considerando que, na situação económica em que o país se encontra, a desaceleração da inflação “é algo que temos de prosseguir.”

José de lima Massano, que falava na quarta-feira, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, disse que Angola luta para manter as reservas cambiais, que calculou em cerca de 20 mil milhões de dólares.

O país iniciou uma tentativa para facilitar a gestão do kwanza, depois de se terem queimado mais de dois terços das reservas para defender a moeda nacional. Este ano e até ao momento, o kwanza teve perdas de cerca de 17 por cento em relação ao dólar. 

O Fundo Monetário Internacional, que concedeu, em Dezembro, a Angola um empréstimo por três anos de 3.7 mil milhões de dólares norte-americanos, afirmou, em Junho, que é necessária uma política monetária mais rígida para apoiar a taxa de câmbio.

Na entrevista, José de Lima Massano adiantou que o BNA dever pronunciar-se, nos próximos dias, sobre a taxa de referência de juros. “Acreditamos haver espaço para reduzir as taxas de juro de forma a dar mais oportunidades às empresas”, afirmou.

“Tínhamos um processo em que a nossa moeda era artificialmente valorizada e agora é necessário fazer algo”, sublinhou. “É um processo doloroso”, concluiu.
José de Lima Massano lembrou que o país desenvolve um programa de reformas no sector bancário, a braços, grosso modo, com créditos malparados.

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