Para diversificar a economia

BAD aprova financiamento de 165 milhões

O Banco Africano de Desenvolvimento (Bad) aprovou, esta semana, um empréstimo de 165 milhões de dólares para ajudar a financiar a diversificação económica, reduzir a dependência do petróleo, substituir importações e estabilizar a economia de Angola.

BAD aprova financiamento de 165 milhões
D.R.

O plano engloba a melhoria da consolidação orçamental, a implementação acelerada do programa de diversificação e a reforma das empresas públicas.

“O programa pretende dar prioridade e promover a produção e exportação de produtos não petrolíferos e começar a substituir as importações através da diversificação”, disse o director do departamento de governação e gestão das finanças públicas, Abdoulaye Coulibaly, avança a Lusa.

O plano a três anos engloba três componentes, que são a melhoria da consolidação orçamental através de uma gestão melhorada das finanças públicas e reforma fiscal, a implementação acelerada do programa de diversificação, e uma melhor governação na gestão dos recursos naturais e reforma das empresas públicas, de acordo com a nota.

“O empréstimo vai contribuir significativamente para o plano de estabilização económica do Governo e levará a um melhor ambiente no sector privado”, disse Abdoulaye Coulibaly, acrescentando que Angola está a passar por uma transformação da sua economia.

“Nos últimos dois anos temos sentido que as autoridades estão muito empenhadas em fazer mudanças, muitas medidas concretas foram tomadas, e esperamos que o programa vá ter um impacto positivo na estabilidade macroeconómica, diversificação económica e redução da pobreza”, vincou o responsável.

Para o Bad, o empréstimo agora concedido também deverá melhorar a transparência das empresas públicas e aumentar a disponibilização de informação financeira e de indicadores de desempenho, o que levará a uma redução da necessidade de subsídios, considerou o responsável.

Na aprovação do empréstimo, os administradores do Bad defenderam a monitorização dos elevados níveis de dívida pública no país, estimada em 90 por cento do Pib, mas que deverá reduzir-se para os 60 por cento do Pib no final do período do programa, em 2022, o mesmo ano em que terminará o programa do Governo de reformas económicas em curso.

No documento, o Bad diz ainda que tem “fornecido apoio regular em áreas como a agricultura, desenvolvimento rural e ambiental, saúde e educação, água e saneamento, ajudando os esforços de desenvolvimento de Angola”.

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