De acordo com o IIAG

Angola entre os piores dez países com Boa Governação

Angola entre os piores dez países com Boa Governação
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A informação foi recolhida junto de 35 fontes oficiais

Angola mantém o 45.º lugar no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana 2018, mas é um dos sete entre 54 países que mostra "sinais preocupantes" na avaliação à governação.

O país recebeu uma pontuação de 38,3 pontos numa escala de 100, uma descida relativamente aos 39,4 pontos no índice do ano passado, mantendo-se no grupo dos 10 países com pior classificação, segundo a IIAG.

Apesar de a tendência dos últimos 10 anos continuar positiva, Angola registou deteriorações significativas nas categorias de ‘Desenvolvimento Humano’ e de ‘Desenvolvimento Económico Sustentável’ e um declínio ligeiro na categoria de ‘Segurança e Estado de Direito’.

O relatório confirma que "não há correlação significativa entre o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) de um país e as pontuações em Oportunidades Económicas Sustentáveis", dando o exemplo de Angola como um dos países com o maior PIB do continente que pontua abaixo da média africana na categoria de ‘Desenvolvimento Económico Sustentável’, tendo registado, no entanto, um progresso considerável nas categorias de ‘Participação e Direitos Humanos’.

Relativamente ao ano passado, há sinais de debilidade nos indicadores relativos ao estado de direito, transparência e responsabilidade, segurança nacional, administração pública, ambiente de negócios, infra-estruturas, segurança social, educação e saúde.

Na subcategoria de saúde, o relatório refere oito países com "resultados preocupantes", entre os quais Angola e São Tomé e Príncipe, que "registaram uma recessão recente, interrompendo um progresso nos últimos cinco anos.

Os indicadores de participação da sociedade civil, liberdade de expressão e reunião e direitos civis registaram um bom desempenho relativamente à avaliação feita em 2016.

O Índice Ibrahim de Governação Africano (IIAG) mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos do ano anterior.

Este ano a informação foi recolhida junto de 35 fontes oficiais e usada em 102 indicadores, dos quais 27 para a categoria de Segurança e Estado de Direito, 19 para Participação e Direitos Humanos, 30 para a categoria de Desenvolvimento Económico Sustentável e 26 para Desenvolvimento Humano.

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