Mundial de Pesca Desportiva na África do Sul

Angola busca título perdido

As selecções de Angola A e B viajam nos próximos dias para a África do Sul, onde competem, em Sodwana-Bay, de 6 a 16 do próximo mês, no Campeonato do Mundo de Pesca Desportiva. Com uma caravana constituída por oito pessoas, levam 30 mil euros como o orçamento para a competição.

Angola busca título perdido

Após ter falhado o mundial de França em 2018 por razões financeiras, que impediram Angola de defender o título conquistado em 2017, em Portugal, a Federação Angolana de Pesca Desportiva (FAPD) garante ter as condições para disputar o mundial, em alto mar, denominado ‘Big Game’, marcado para 9 a 16 de Fevereiro, no Sodwana Bay, África do Sul. O objectivo da federação e dos atletas passa por resgatar o título de campeão na posse da Alemanha.

Angola compete nas terras sul-africanas com duas equipas. A selecção A é constituída pelos pescadores Marco Couto, Carlos Louro e Marco Queirós, enquanto a B é composta pelos atletas Luís Mateus, Júlio Rocha e Airton Moreira. Horácio Pina é o seleccionador. O comandante da ‘armada angolana’, apesar de reconhecer que é “alvo a abater pelos adversários”, garante que as duas selecções “não vão para passear, mas sim competir e vencer”.

Todos os atletas chamados para a selecção possuem participações em mundiais e a delegação angolana chega ao palco da competição a 7 de Fevereiro, devendo efectuar dois treinos para se ambientar ao clima. É a oitava vez que Angola participa em competições do género, depois de se ter sagrado campeã na África do Sul (2008), Brasil (2014), Angola (2015) e Portugal (2017).

Apesar dos condicionalismos na preparação, o grupo está optimista, com “moral elevado” para fazer uma boa participação, garante Fernando Santos ‘Fefe’, presidente da FAPD. O dirigente admite não ser fácil participar em eventos do género, por serem bastante onerosos, mas, ainda assim, garante que as condições estão criadas para trazer o título de volta a Angola. E quanto aos pagamentos pelas conquistas dos mundiais passados, ‘Fefe assegura que apenas foram pagos dois, faltando o de 2017 ocorrido, em Portugal.

 

ORÇAMENTO DA COMPETIÇÃO

Para não correr o risco de estar ausente da competição, tal como aconteceu no ano passado, em França, a FAPD conseguiu um patrocínio de 30 mil euros para os 11 dias do evento. Alfredo Vidinhas, secretário-geral da federação, em declarações ao NG, revela que o valor vai ser usado para a compra de equipamentos de apoios, ajuda de custos, bilhetes de passagens e as inscrições dos seis atletas, um treinador e do chefe da delegação.

Barcos, canas, anzóis e outros meios são utilizados pelos pescadores durante a competição. O preço de participação é 1.500 euros por cada atleta.

Em 2013,  em França, Angola ficou na penúltima posição, num universo de 11 países. No currículo, Angola é detentora dos títulos disputados na África do Sul (2008), Brasil (2014), Angola (2015) e Portugal (2017).

 

A pesca no ‘Big Game’

A pesca desportiva pratica-se, geralmente, enquanto actividade de lazer, sem que dela dependa a subsistência do pescador.

Pode ser praticada no mar, rios e lagos, utilizando-se iscas naturais ou iscas artificiais, com tracção de molinetes.

O ‘Big Game’ é uma modalidade do topo de pesca desportiva, que consiste na captura dos grandes peixes pelágicos, nomeadamente espadins, espadartes, atuns, algumas espécies de tubarões e dependendo das zonas do planeta, outras espécies de peixes, como douradas.

O corrico deve ser feito em alto mar e pode-se fazer com isca viva ou morta, sendo que neste caso, as velocidades baixam para três a quatro nós, sendo indicado para zonas onde haja grande concentração de peixe e não haja a necessidade de ir á procura do peixe. Este tipo de pesca resume-se em rebocar/arrastar, na popa do barco, iscas naturais ou artificiais que atraem os predadores marinhos encontrados próximos da superfície, marlins, atuns, barracudas, xaréus, sororocas, dourados, sailfishs e muitos outros.

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