Lunda-Norte

ACNUR inicia repatriamento para a RDC

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) iniciou, na quarta-feira, o repatriamento voluntário e organizado dos cerca de cinco mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC), assentados no campo do Lóvua, Lunda-Norte, desde Maio de 2017.

ACNUR inicia repatriamento para a RDC
D.R.

Estão disponíveis para o repatriamento 11 camiões, cinco dos quais para o transporte de pessoas e seis para cargas, para além de viaturas especiais para mulheres grávidas, idosos, crianças e portadores de deficiência.

 

A partida do primeiro grupo, um total de 221, foi testemunhada pelo secretário de Estado para Acção Social, Lúcio do Amaral,  e pelo vice-governador para o sector Social, Politico e Económico da Lunda-Norte, Deolinda Vilarinho.

Segundo a Angop, estão disponíveis para o processo, que deve durar dois meses, 11 camiões, sendo cinco para o transporte de pessoas e seis para cargas, para além de viaturas especiais para mulheres grávidas, idosos, crianças e portadores de deficiência.

Uma ambulância com fármacos e técnicos de saúde, bem como um número considerável de efectivos da Policia Nacional garantem assistência médica e segurança dos refugiados durante o percurso até a fronteira de Nachiry.

De acordo com o representante interino do ACNUR em Angola, Wellington Carneiro, foram criados dois centros de trânsito ao longo da fronteira para os refugiados repousarem e posteriormente serem transportados as suas zonas de origem na RDC.

O ACNUR assegura cerca de 120 dólares e 20 mil francos congoleses para a reintegração socioeconómica de cada refugiado.

No repatriamento voluntário e espontâneo, regressaram à RDC 14.724. Deste número, 3.772 são homens, 7.974 crianças e 2.978 mulheres, dos 18.800 previstos.

O repatriamento voluntário teve início a 19 de Agosto quando um grupo de refugiados decidiu unilateralmente regressar ao país de origem.

O total de congoleses, na altura acolhidos em Angola, na Lunda-Norte, em particular, atingiu os 35 mil. Destes, 23.684 foram acolhidos no campo de refugiados do Lóvua, enquanto os restantes 11.316 estavam distribuídos pelas comunidades da província.

A migração derivou da violência generalizada causada por tensões políticas e étnicas na RDC, em Maio de 2017.

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