Georges Chikoti é novo secretário-geral da ACP

O embaixador de Angola na Bélgica, Georges Chikoti, foi eleito no sábado, em Nairobi, Quénia, secretário-geral do grupo África, Caraíbas e Pacífico (ACP), derrotando os candidatos do Maláui, Brave Rona Ndisale, e do Zimbábue, Chifamba Tadeus Tafirenyika.

Georges Chikoti é novo secretário-geral da ACP
D.R.
Georges Chikoti, secretário-geral da ACP

 

A eleição do candidato angolano ocorreu durante a Sessão do Conselho de Ministros do ACP, aberta pelo vice-presidente queniano, Willian Rotu.

Georges Rebelo Pinto Chikoti é o primeiro angolano a ocupar um cargo de destaque na ACP e substitui Patrick Gomes, que recebeu inúmeras felicitações dos delegados.

Regularização das quotas entre as prioridades

Na sua primeira declaração à imprensa, o diplomata angolano criticou o calote dos países da organização, sobretudo os que têm uma taxa de contribuição baixa.

“Por exemplo, os caribenhos pagam as suas quotas, os pacíficos pagam, os africanos é que têm esse problema no orçamento da União Africana e do ACP”, disse.

Explicou que para o orçamento, o engajamento era de 60 por cento para União Europeia e os ACP a outra parte, mas os pequenos contribuintes não pagam.

O orçamento do ACP aprovado para 2020 é de 15 milhões de euros.

Deu a conhecer que incompreensivelmente os maiores contribuintes (Angola dá anualmente 350 mil euros, a África do Sul 450 mil euros, a Nigéria 500 mil euros e a República Dominicana 400 mil euros) não têm atrasos, mas os que têm uma taxa baixa, por exemplo 10 mil euros anuais, não pagam.

Para si, há um problema. "Alguma coisa não está a correr bem. A crise não pode ser desculpa para a falta de pagamento, é falta de boa vontade, então vamos ter de aplicar sanções a quem não paga", advertiu.

Mestre da diplomacia 

Natural de Dondi, no Huambo, nasceu a 6 de Junho de 1955. Georges Chikoti é mestre em Geografia Económica e licenciado em Relações Internacionais pela Universidade de Ottawa, Canadá.

Georges Chikoti, que fala fluentemente inglês, francês, português, umbundo e bemba, já trabalhou no Banco Imperial do Canadá, em Toronto, e foi consultor da Agência Canadiana de Desenvolvimento Internacional (CIDA).

Em Angola, foi vice-ministro das Relações, em 2010 ascendeu a ministro das Relações Exteriores, cargo que exerceu até 2017.

Em 2018, foi nomeado embaixador de Angola na União Europeia, no Reino da Bélgica e em Luxemburgo.

Excelente negociador, de 1999 a 2000, chefiou a delegação angolana em diferentes sessões da Comissão Consultiva Bilateral EUA-Angola, em Luanda e Washington.

 

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