Segundo embaixador angolano

BI angolano pode ser emitido no Congo

A Embaixada de Angola na República do Congo está a trabalhar na criação de condições para a abertura, em Brazzaville, dos serviços de registo civil para a emissão do Bilhete de Identidade (BI) e do passaporte, anunciou, este domingo, o embaixador angolano acreditado no país, Vicente Mwanda.

BI angolano pode ser emitido no Congo
D.R.
Vicente Miranda, embaixador de Angola no Congo

Precisamos de saber quantos angolanos temos no sentido de organizarmos esses angolanos e acompanhar também a vida desses angolanos.

Segundo o diplomata, em declarações à Angop, na capital congolesa, a falta de identificação dos membros da comunidade angolana e a necessidade da sua reorganização constituem, neste momento, as maiores preocupações da embaixada e dos nacionais residentes, em Brazzaville, e noutras cidades.

Por isso, disse, está já em curso uma operação de registo consular de todos os cidadãos nacionais, no  quadro de uma directiva da embaixada para garantir uma maior aproximação com a comunidade angolana.

“Precisamos de saber quantos angolanos temos no sentido de organizarmos esses angolanos e acompanhar também a vida desses angolanos”, sublinhou o embaixador, observando que  “quando chegamos, encontramos a comunidade um pouco desfeita em termos organizativos”.

De acordo ainda com o diplomata, os serviços consulares não dispõem actualmente de quaisquer dados estatísticos sobre a dimensão da comunidade angolana, mas acredita-se que o número se situe entre duas mil e três mil pessoas.  

Depois do registo consular, a embaixada vai passar também, e se necessário em conjunto com o Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior, a ver “a possibilidade até de criar as condições para que a comunidade possa tratar o seu bilhete de identidade e o passaporte, a partir de Brazzaville”, afirmou.

Descreveu a comunidade angolana, na capital congolesa, como “pacífica e calma”, realçando que “dificilmente” a embaixada recebe queixas da prática de crimes pelos seus membros ou da existência de angolanos nas cadeias.  

“Pode haver um ou outro (caso), mas temos de facto uma comunidade que conseguiu adaptar-se, no Congo, e criar a vida deles aqui”, indicou.

Sobre as formas do seu surgimento, Vicente Mwanda adiantou que a maior parte dos angolanos presentes hoje no Congo-Brazzaville vieram parar aqui durante a luta de libertação nacional, sendo que uns eram perseguidos e outros acompanharam as suas famílias.

Na sua composição, disse tratar-se de uma comunidade  heterogénea, havendo os que fazem os seus negócios particulares, os que não trabalham, os universitários, os professores, os médicos e os estudantes, entre outros.

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