Testes começaram a 4 deste mês

Autocarros em Luanda vão ter ‘bilhetes electrónicos’

O Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INTR) está a ensaiar um sistema electrónico de bilhética nos transportes públicos de Luanda para obter “dados exactos” de passageiros e das “receitas arrecadadas diariamente”.

Autocarros em Luanda vão ter ‘bilhetes electrónicos’
D.R.
Luanda tem quatro operadoras. A TCUL é a única estatal.

O sistema electrónico de bilhética nos transportes públicos de Luanda está instalado em oito autocarros e pretende aferir "o grau de controlo de passageiros e de arrecadação de receitas".

Segundo o director-geral do INTR, Jorge Bengui, que fez o anúncio esta segunda-feira, os testes do sistema electrónico de bilhética começaram a 4 deste mês e prolongam-se até 4 de Maio com dispositivos electrónicos instalados em oito autocarros que já circulam em três linhas de Luanda.

Estão instalados nos autocarros equipamentos tecnológicos de validação dos títulos de passagem, ou seja, são emitidos passes de transportes públicos para testar a solução tecnológica que, brevemente, será implementada nos transportes rodoviários em Angola”, disse.

Os ensaios, que se enquadram no Programa de Modernização dos Transportes Públicos em Angola, surgem para aferir o “grau de controlo de passageiros, de arrecadação de receitas” e “todos os indicadores que o sistema pode transmitir aos seus operadores”.

“Precisamos de saber qual é a compatibilidade dessa solução com a nossa realidade, para que seja, de facto, configurado com o nosso dia-a-dia. Ainda não sabemos, exactamente, quantos passageiros são transportados nas nossas cidades, ou seja, o cálculo de número de passageiros transportados hoje nos meios rodoviários são feitos por estimativas”, sublinhou.

“E isto não é recomendável e não é bom para qualquer sistema de transporte”, apontou.

O novo sistema electrónico de bilhete nos transportes públicos prevê a atribuição de um bilhete de viagem ao passageiro, que terá de o validar através do dispositivo instalado nos autocarros.

Para Jorge Bengui, o sistema vai igualmente permitir que os operadores tenham um “controlo exacto das receitas que são arrecadadas diariamente”, uma solução, indicou, que vai “eliminar vários constrangimentos e permitir maior controlo de passageiros”.

Em Luanda, há quatro operadoras de transportes – Macon, Tura, Angoaustral e a Transportadora Colectiva Urbana de Luanda (TCUL), única estatal.

O Governo assumiu, em Fevereiro, que Luanda possui uma rede de transportes urbanos “muito aquém das suas necessidades”, sobretudo do ponto de vista da “frota disponível e dos sistemas complementares” de mobilidade urbana.

O posicionamento foi expresso pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, quando discursava na abertura da 1.ª Conferência Internacional sobre Mobilidade, referindo que outras cidades angolanas “já vivem desafios desta natureza”.

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