Entre participadas e subsidiárias

Seleccionadas 53 empresas da Sonangol que vão ser privatizadas

A administração da Sonangol entregou uma lista com 53 empresas em que está presente como participada ou subsidiária ao órgão responsável pelas privatizações, disse ontem o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos.

Seleccionadas 53 empresas da Sonangol que vão ser privatizadas
D.R.
Sede da Sonangol em Luanda
Diamantino de Azevedo

Diamantino de AzevedoMinistro dos Recursos Minerais e Petróleos

Já estamos a trabalhar no processo de privatização de empresas subsidiárias e também algumas participadas da Sonangol.

Diamantino de Azevedo falava hoje à imprensa, em Luanda, no final da cerimónia de abertura da segunda sessão legislativa do IV ano legislativo da Assembleia Nacional, na qual o Presidente João Lourenço procedeu ao discurso anual sobre o estado da Nação.

Na sua intervenção, o chefe de Estado disse que o plano de reestruturação da Sonangol tem como principal objectivo concentrar a actividade da empresa na cadeia de valor do petróleo e gás.

"Para que a mesma se foque nas suas actividades essenciais, vai iniciar-se em breve o processo de privatização de grande parte das suas empresas não nucleares, quer sejam subsidiárias ou participadas", disse João Lourenço.

Diamantino de Azevedo referiu que "este é um processo em que se está a trabalhar" e que, quando for aprovado, será anunciado.

"No entanto, já estamos a trabalhar no processo de privatização de empresas subsidiárias e também algumas participadas da Sonangol", disse.

Segundo o governante, são várias as empresas para privatizar, cuja lista já foi entregue ao órgão responsável pela privatização, que não é o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos.

O processo está a ser conduzido pelo departamento ministerial responsável pelo património do Estado, explicou o ministro, salientando que "já foram entregues [a lista] 53 empresas em que a Sonangol está presente, tanto como participada e subsidiárias, para efeitos de privatização".

"No entanto, esse processo continua, porque ainda existem mais empresas que 'a posteriori' também serão submetidas ao mesmo processo", frisou.

Na semana passada, Diamantino de Azevedo disse que só depois de Junho de 2019 se vão concretizar as privatizações, que se inserem no quadro do Programa de Regeneração da Sonangol, em curso desde Agosto deste ano, que já levou ao fim do monopólio no sector petrolífero pela empresa, com uma Comissão Instaladora da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG).

O governante declarou na altura que, enquanto se passa a função de concessionária da Sonangol para a ANPG, a petrolífera tem em curso o ‘Programa de Regeneração’, de forma a focar-se apenas nos "negócios nucleares", constituídos pelos fluxos ascendente e descendente da cadeia produtiva de petróleo (pesquisa, produção, refinação e distribuição).

O processo, adiantou, vai levar à privatização de algumas empresas não nucleares do grupo e, no futuro, à privatização parcial da Sonangol por dispersão bolsista, um processo ligado às boas práticas dessa indústria.

"É o que se passa hoje com as grandes companhias petrolíferas mundiais", afirmou.

 

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