Em vez de protestarem nas ruas

Ministro da Economia manda jovens ir para o campo

O ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, deixou um “recado” para os jovens que protestaram no último fim-de-semana por causa da falta de emprego, indicando o agronegócio como solução.

Ministro da Economia manda jovens ir para o campo
D.R
Sérgio Santos, Ministro da Economia e Planeamento.

Para ilustrar as virtudes do agronegócio, Sérgio Santos deu exemplo de um jovem de Benguela que não conseguiu terminar o curso de pilotagem por insuficiência de visão e “invés de protestar” começou a produzir tomates. “Temos muitos jovens a protestar dentro do seu direito de necessidade de emprego. Um recado para os jovens: o agronegócio é uma área em que podemos ter muitas pessoas, empregos e pessoas bem-sucedidas. Não é verdade que quem se dedica à agricultura não seja bem-sucedido”.

Sérgio Santos participou na assinatura de uma parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO). O projecto, denominado Agro-prodesi, tem por objectivo promover a concentração económica e a participação da academia no desenvolvimento da agricultura.  

Continuando com o exemplo de Benguela, o ministro revelou que o jovem, em seis meses, conseguiu seis milhões de kwanzas por causa de duas colheitas de tomate.

Sérgio Santos pediu aos jovens para abrirem os olhos e não fazerem “confusão”, mas sim agricultura. E diz que a questão dos transportes que tanto se coloca na agricultura para o escoamento com o jovem de Benguela não foi questão por causa da procura do tomate. “Ele identificou um nicho de mercado e está a fazer a sua vida. Não está a incomodar os pais, não está a incomodar as autoridades, não está a partir carros e nem incendeia pneus na rua”.

O ministro garante que, com o projecto lançado hoje, o Governo pretende atrair muitos jovens que poderão contar, a partir de  Novembro, com o programa Agro-Prodesi.

Sérgio Santos pediu ainda aos jovens para não reclamarem e que juntos podiam se organizar e ver oportunidades “concretas” para se começar a produzir em Angola meios de subsistência.

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