Quénia acolhe o evento

Fórum analisa nutrição em África

Cerca de 200 empresários, académicos, investidores e decisores políticos reúnem-se em Nairobi, no Quénia, na terça e na quarta-feira, para o 1.º Fórum de Investimento para a Nutrição em África (NAIF) que visa promover oportunidades de negócio.

Fórum analisa nutrição em África
D.R.

Estima-se que 58,7 milhões de crianças africanas com menos de cinco anos sofram de desnutrição crónica (baixo peso para a idade) e 13,9 milhões de desnutrição aguda (baixa estatura para a idade).

Os participantes poderão encontrar parceiros para financiar as suas empresas e conhecer casos inovadores, segundo a Aliança Global para a Melhoria da Nutrição (GAIN), que organiza o evento juntamente com a Royal DSM, uma empresa holandesa ligada à saúde e nutrição, a plataforma de negócios SUN Business Network e a revista Africa Business Magazine.

Nos dois dias, um grupo de 21 pequenas e médias empresas de Moçambique, Nigéria, Tanzânia, Maláui, Etiópia, Quénia e Zâmbia, seleccionadas previamente entre 450 candidatos poderão procurar financiamento apresentando os seus projectos aos investidores presentes.

Segundo a GAIN, uma parceira público-privada financiada pela Fundação Bill & Melinda Gates e os governos da Holanda, Canadá e Estados Unidos, entre outras entidades, estima-se que 58,7 milhões de crianças africanas com menos de cinco anos sofram de desnutrição crónica (baixo peso para a idade) e 13,9 milhões de desnutrição aguda (baixa estatura para a idade).

Os países africanos perdem entre 1,9 por cento e 16 por cento da riqueza produzida anualmente devido à má nutrição que implica um aumento da mortalidade, absentismo, doenças crónicas e perdas de produtividade.

A GAIN sustenta que o envolvimento do sector privado é fundamental para “enfrentar este desafio” já que o sector da nutrição apresenta também grandes oportunidades de negócio para África, tendo em conta a sua expansão demográfica.

Com 226 milhões de pessoas entre os 15 e os 25 anos, o continente tem actualmente a população mais jovem do mundo e um mercado de mais de mil milhões de consumidores, que deverá crescer até dois mil milhões em 2050.

Nos mercados emergentes e em desenvolvimento, a maioria dos atores envolvidos nos sistemas alimentares são PME e pequenos agricultores.

Mas, adianta a GAIN, estas empresas agro-alimentares enfrentam dificuldades de acesso ao financiamento que impedem o desenvolvimento de todo o seu potencial e de soluções orientadas para o mercado que possam melhorar o consumo de alimentos nutritivos.

A GAIN lançou recentemente um Programa de Financiamento de Alimentação Nutritiva para criar oportunidades de investimento para as PME da agro-indústria, ligando-as a investidores e fundos de capital de risco que ofereçam várias opções de financiamento.

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