Avalia académico Carlos Feijó

Ensino superior em Angola “vai de mal a pior”

O constitucionalista e académico Carlos Feijó considerou, esta quinta-feira, em entrevista à TV Zimbo, que o ensino superior em Angola "vai de mal a pior".

Ensino superior em Angola “vai de mal a pior”
D.R.

O professor catedrático da Universidade Agostinho Neto (UAN) justifica a sua posição com o facto de “não se respeitarem os princípios da autonomia científica e da liberdade académica".

Carlos Feijó argumenta, por exemplo, que a Faculdade de Direito da universidade pública está transformada num “liceu grande”, escusando-se a continuar a abordar o assunto, alegando reserva-se o direito de silêncio.

Esta crítica ao estado do ensino superior em Angola segue-se a uma recente do jurista Raul Araújo que, numa entrevista concedida à RNA, no mês passado, lamentou que a UAN, sem a componente da investigação científica, esteja a caminhar para um "colégio do ensino superior".

O professor catedrático, afirmou ainda que não existe diálogo a nível do Ensino Superior e que existe um excesso de centralismo e entende que a instituição está a ser tratada como um gabinete do Ministério do Ensino Superior.

"A Universidade hoje, e eu falo da Universidade Agostinho Neto em concreto, não tem peso nenhum no diálogo sobre as questões ligadas ao ensino superior", considerou Raul Araújo.

Ensino superior em Angola “vai de mal a pior”

Ainda em declarações à RNA, Raul Araújo (na foto) afirmou que o "Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação [liderado por Maria do Rosário Bragança Sambo] decide tudo, a Universidade, as suas opiniões e as suas posições não são tidas nem achadas".

Na visão do académico, hoje a Universidade Agostinho Neto "está a caminhar para ser apenas uma instituição que dá aulas, um colégio do Ensino Superior, porque a componente de investigação científica está a lhe ser retirada".

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