Candidaturas abrem “brevemente”

Divulgados os requisitos do programa de envio de 300 licenciados para o exterior

O programa de envio anual de 300 angolanos para frequentarem o mestrado ou doutoramento nas melhores universidades do mundo já tem os requisitos divulgados. A organização, que estabelece para “brevemente” a abertura das candidaturas, já adiantou a documentação que será exigida.

Divulgados os requisitos do programa de envio de 300 licenciados para o exterior
Mário Mujetes
Ana Paula Elias

Ana Paula EliasDirectora-geral do INAGBE

A directora-geral do INAGBE não excluiu a possibilidade de haver candidaturas de (licenciados ou mestres) que não tenham sido aceites nem estejam ainda a estudar numa das universidades enquadradas no grupo das 600 melhores do mundo.

O Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (Inagbe) divulgou, na semana passada, o pré-edital do programa anual de envio de 300 licenciados angolanos para as melhores universidades do mundo, estabelecendo 16 valores como a média mínima para o acesso à bolsa. Num comunicado datado de 17 de Julho, o INAGBE, que promete para “brevemente” a abertura das candidaturas, determina que os candidatos deverão ser de nacionalidade angolana, ter até 30 anos, para o caso de concorrem a uma bolsa de mestrado; e até 35, para o doutoramento.

Na lista de requisitos, onde consta igualmente a obrigação de os candidatos do sexo masculino terem a situação militar regularizada, a instituição exige que os interessados possuam o visto de estudante e até dois anos de permanência no país de formação. O INAGBE também impõe que que os candidatos apresentem um documento que comprove que foram aceites ou estão a frequentar “um curso de pós-graduação (1.º ano de mestrado ou 1.º/2.º anos de doutoramento) numa universidade colocada no ranking das 600 melhores do mundo em 2018”.

Segundo o instituto, os rankings a ter em conta serão os da ‘Times Higher Education Rankings’, ‘QS World University Rankings’ e ‘ARWU-Shangai Ranking’, sendo que as universidade terão de estar localizadas num dos seguintes países: África do Sul, Argentina, Austrália, Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Rússia, Singapura, Suíça e Ucrânia.

Divulgados os requisitos do programa de envio de 300 licenciados para o exterior

(Os candidatos terão de obter, primeiro, nota positiva num exame que a organização deverá realizar.)

No entanto, em declarações ao NG, a directora-geral do INAGBE, que desvaloriza os alertas dos que receiam que o número de angolanos a estudar nestas universidades de referência não sirva para preencher as vagas, não excluiu a possibilidade de haver candidaturas de (licenciados ou mestres) que não tenham sido aceites nem estejam ainda a estudar numa das universidades enquadradas no grupo das 600 melhores do mundo. Ana Paula Elias referiu que, para estes casos, os candidatos terão de obter, primeiro, nota positiva num exame que a organização deverá realizar, seguindo-se, então, a candidaturapara uma das ‘600 melhores’ (cuja lista o INAGBE irá publicar). Se o estudante for aceite, poderá, assim, beneficiar da bolsa.

O INAGBE, que receberá as candidatura no endereço www.inagbeonline.com depois da publicação do edital, refere que o processo de selecção decorrerá em Angola e será assegurado por um júri nacional, desdobrando-se em sete fases: candidatura, análise documental, testes de conhecimento, entrevista centrada nas competências, entrevista final, exames médicos e selecção pela instituição de ensino superior estrangeira. Os interessados devem preparar a seguinte documentação: fotocópia do BI, comprativo da situação militar regularizada (só para homens), carta de recomendação de um professor/orientador, empregador ou ex-empregador, declaração de frequência de estudos (para os que frequentam pós-graduação numa universidade estrangeira de referência), diploma e certificado com notas descriminadas do mestrado e/ou licenciatura, esboço do projecto de investigação (para os candidatos a doutoramento), bem como declaração de compromisso a assegurar que regressam ao país após a conclusão da formação.

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