Brasil

Candidatos trocam ofensas no Twitter

Os candidatos Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT) e Jair Bolsonaro do Partido Social Liberal (PSL), que disputam a segunda volta das presidenciais brasileiras, trocaram na terça-feira ofensas no Twitter.

Candidatos trocam ofensas no Twitter
D.R.

A situação foi desencadeada com uma publicação de Bolsonaro na qual ironizou declarações de Haddad sobre os erros do PT e os escândalos de corrupção que abalaram o Brasil, chamando-o de "fantoche de corrupto".

"Essa história de o fantoche de corrupto admitir erros do seu partido é para boi dormir [desculpa esfarrapada]. A corrupção nos governos Lula/Dilma não era caso isolado, era regra para governar. Por isso estão presos presidente, tesoureiros, ministros (...), além de tantos outros investigados", escreveu Bolsonaro.

Em resposta, Haddad usou a mesma rede social para dizer directamente ao seu rival que "Tuitar e fazer ‘live’ [transmissão ao vivo nas redes sociais] é fácil, deputado. Vamos debater frente-a-frente, com educação, numa enfermaria se precisar. O povo quer vê-lo aparecer na entrevista de emprego".

O candidato do PT fez uma alusão a declarações de Bolsonaro quando este, no último sábado, declarou que só participará em debates na segunda volta das presidenciais brasileiras se achar que deve.

Depois de ser questionado por Haddad, Bolsonaro retorquiu no Twitter: "Senhor Andrade, quem conversa com poste é bêbado. Existe um que está preso por corrupção e você vai todas as semanas na cadeia visitá-lo intimamente, além de receber ordens! Cuidado que pelo desenrolar das notícias reveladas você pode ser o próximo!".

Esta última troca de ofensas teve como resposta de Haddad uma fotografia de um estúdio de televisão vazio.

A realização de debates entre os dois candidatos que disputam a segunda volta das eleições brasileiras é um tema recorrente nas campanhas nos últimos dias.

Afastado da maioria dos compromissos públicos porque ainda está a recuperar de um atentado que sofreu no dia 06 de Setembro na cidade brasileira de Juiz de Fora, Bolsonaro passou a usar as redes sociais, entrevistas exclusivas e a propaganda política na televisão para falar com seus eleitores e disse não ter certeza se irá a algum debate.

Já o candidato Haddad aumentou o tom de suas críticas na semana passada, dizendo, em entrevista a jornalistas estrangeiros, querer confrontar frente-a-frente os seus planos de governo para o Brasil com Bolsonaro e que para isto está disposto a ir até uma enfermaria.

Um calendário estabelecido por órgãos de comunicação social brasileiros previa debates com a participação dos dois candidatos em seis datas, mas quatro destes eventos já foram cancelados.

Um debate organizado pela rede de televisão Record está marcado para o dia 21.

Já no dia 26, dois dias antes da segunda volta das eleições, também há previsão da realização de um debate entre Bolsonaro e Haddad na TV Globo.

 

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