República Democrática do Congo

Antigo ministro da Saúde interrogado

A Procuradoria do Tribunal Supremo congolês interrogou, terça-feira, em Kinshasa, o antigo ministro da Saúde, Oly Ilunga, num inquérito sobre a utilização dos fundos públicos de combate ao Ébola, noticiou a agência AFP.

Antigo ministro da Saúde interrogado
D.R.
Oly Ilunga, ex-ministro da Saúde da RDC

Ilunga opunha-se à introdução de uma segunda vacina por actores que considerava “sem ética”.

Oly Ilunga foi ouvido num inquérito preliminar no quadro de uma investigação ligada à gestão dos fundos injectados pelo governo, para o combate ao Ébola, indica uma fonte judiciária.

Segundo ainda a AFP, três dos colaboradores do antigo governante foram colocados sob residência vigiada.

Ilunga opunha-se à introdução de uma segunda vacina por actores que considerava “sem ética”. Numa circular, não autorizou a utilização da vacina do laboratório belga Janssen, filial da americana Johnson&Johnson.

Nomeado em Dezembro de 2016, Oly Ilunga demitiu-se a 22 de Julho, por se considerar desautorizado pelo presidente Félix Tshisekedi, que lhe retirou a condução do combate ao Ébola, que missão confiada a Jean-Jacques Muyembe, director do Instituto Congolês de Pesquisa Biomédica de Kinshasa (INRB).

Dados publicados pelas autoridades sanitárias congolesas, indicam que um total de 205.321 pessoas foram vacinadas com o “VSV-ZEBOV”, fabricado pelo grupo americano Merck.

Esse décimo surto da epidemia de Ébola já infectou mais duas mil pessoas, e matou 1.990 outras, desde 1 de Agosto de 2018, indicou o Comité Multissectorial de Combate ao vírus, no seu boletim de segunda-feira, 26 de Agosto.

 “Agora dominamos a situação no terreno. Falta o controlo”, declarou terça-feira o sue coordenador Muyembe Jean-Jacques.

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