Manifestação em Kafunfo

AI confirma pelo menos 10 mortes pelas forças de segurança

A organização Amnistia Internacional (AI) confirmou hoje a morte de pelo menos, 10 pessoas pelas forças de segurança angolanas durante a repressão de uma manifestação, no sábado, na localidade mineira de Kafunfo, na Lunda-Norte.

AI confirma pelo menos 10 mortes pelas forças de segurança
D.R

“A Amnistia Internacional pode confirmar que, desde 30 de Janeiro, as forças de segurança mataram pelo menos dez pessoas", afirmou a directora-adjunta para a África Austral da Amnistia Internacional, Muleya Mwananyanda.

A mesma responsável alertou que "as autoridades continuam a perseguir manifestantes pacíficos cujo único 'crime' tem sido contestar as condições de vida deploráveis" na província.

A polícia reprimiu violentamente no passado sábado uma manifestação convocada pelo Movimento do Protetorado Português da Lunda-Tchokwe (MPPLT), na vila de Kafunfo, na Lunda-Norte, para assinalar o 127.º aniversário do reconhecimento internacional do tratado de protetorado português da Lunda.

A polícia contabilizou oficialmente seis mortes e vários feridos, entre eles efectivos das forças da defesa e segurança, resultantes de um alegado acto de rebelião atribuído ao Movimento do Protetorado Português da Lunda-Tchokwe (MPPLT), cujos elementos acusa de, na madrugada de sábado, terem tentado invadir uma esquadra policial de Kafunfo.

O MPPLT contraria a versão policial e o seu presidente disse que as forças dispararam indiscriminadamente contra manifestantes desarmados, provocando 15 mortos e dez feridos.

A Amnistia Internacional e a OMUNGA trabalham em conjunto e têm vindo a denunciar abusos das forças de segurança angolanas para lidar com infrações às medidas de saúde pública decretadas no âmbito da pandemia da covid-19 e com manifestações pacíficas.

O Movimento Protetorado da Lunda Tchokwe luta pela autonomia da região das Lundas, no Leste-Norte de Angola.

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