No país, segundo Filipe Camanda, há 12 mil crianças que padecem de anemia falciforme, apontando a falta de diagnóstico precoce como uma das principais causas desses óbitos.

Durante uma palestra promovida pela Universidade 11 de Novembro, o especialista salientou que, na África Subsariana, existem cerca de 350 mil casos e, na maioria, crianças que nascem afectadas.

Filipe Camanda avançou que 18% da população angolana é portadora de traço falciforme e 2,4% é doente de anemia falciforme.

O Ministério da Saúde, em parceria com a petrolífera Chevron, desenvolve, desde 2011, um programa de cuidados multidisciplinares e rastreio neo-natal, que inclui o diagnóstico precoce e tratamento oportuno de pacientes com anemia falciforme.

O médico avançou também que, em Cabinda, o programa teve início em 2012 e expandiu-se em todas as unidades sanitárias com serviços de parto, para o rastreio, investigação, diagnóstico precoce da doença e na sensibilização da população sobre os riscos da doença.

Desde o início do programa, até 2020, foram realizados mais de 100 mil testes a recém-nascidos, que resultaram no diagnóstico positivo de 1.327 pacientes, que se encontram em acompanhamento trimestralmente.