No primeiro trimestre, as rochas renderam 1.000 milhões de kwanzas

Governo quer Huíla e Namibe como centro de excelência das rochas ornamentais

Governo quer Huíla e Namibe como centro de excelência das rochas ornamentais
D.R.

O Governo conta com o investimento privado nacional e estrangeiro para transformar a Huíla e o Namibe num centro de excelência na exploração e transformação de rochas ornamentais, disse hoje fonte governamental.

A intenção foi manifestada pelo secretário de Estado para Geologia e Minas do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, Jânio Victor, na visita que efectuou ao ‘stand’ de Angola na Feira de Rochas Ornamentais, que decorre em Verona, Itália, na qual Angola participa com mais de uma dezena de empresas exploradoras e transformadoras nacionais.

O governante sublinhou que Angola tem "produtos ímpares para levar ao conhecimento do mundo" e apelou aos investidores para que apostem na instalação de fábricas de processamento, em maquinaria para extracção e insumos.

"Queremos ver, doravante, em Angola e no mundo, subprodutos acabados, elaborados com as nossas rochas", exortou o secretário de Estado para Geologia e Minas.

Jânio Victor, que chefia a delegação angolana que participa pela primeira vez a título institucional neste tipo de feiras com periodicidade anual, tem como missão dar a conhecer as oportunidades e o ambiente de negócio do país, com vista a despertar o interesse de futuros investidores.

De acordo com o programa, o secretário de Estado para Geologia e Minas participa hoje, sexta-feira, numa reunião da Assembleia-Geral da Associação Europeia de Operadores de Rochas Ornamentais (EUROROC), com os quais vai abordar as potencialidades geológicas de Angola.

Ainda para hoje, está previsto um encontro do governante com responsáveis do Centro Tecnológico de Mármores, para a apresentação de uma proposta de implementação no Lubango, na Huíla, de um Laboratório para Avaliação de Mármore.

Angola tem na sua lista de rochas ornamentais como as mais requisitadas o mármore azul (localizado no Muhino, no Namibe), mármore branco (Serra da Lua, Namibe), granito cinza e creme (Quikombo, no Kwanza-Sul), Blue Moon, Blue Antique e Angola Silver (todos na Huíla).

A África do Sul, Congo, Líbano, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Polónia, Itália, Índia, China, Vietname e Taiwan são os principais países importadores das rochas ornamentais angolanas, produto exportado maioritariamente em bruto.

No primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ministério dos Petróleos e Recursos Minerais, as rochas ornamentais renderam ao Estado 1.000 milhões de kwanzas (2,9 milhões de euros), resultantes da comercialização de 20 mil metros cúbicos.

A MARMOMAC arrancou na quarta-feira e termina sábado. Angola participa ao evento subordinada ao lema ‘’As Oportunidades de Negócios em Angola’.

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