Em mulheres dos 18 aos 30 anos

Hospital regista cinco casos diários de abortos provocados

O Hospital Manterno-Infantil da província do Kwanza-Norte regista diariamente cinco casos de abortos provocados, a maioria dos quais envolvendo mulheres dos 18 aos 30 anos.

Hospital regista cinco casos diários de abortos provocados
D.R.

 

O Hospital Materno-infantil do Kwanza-Norte assistiu, no ano passado, 358 mulheres com sintomas de abortos (provocados e espontâneos), uma redução 106 casos em relação a 2018.

O director clínico da unidade sanitária, Fidel João Hebo, esclareceu que a maioria das mulheres assistidas com sintomas de aborto provocado justificou que tal prática é resultado da recusa dos parceiros em assumirem a gravidez e da baixa condição económica com que se debatem.

O médico referiu que alguns casos atendidos foram reportados ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) para efeito de responsabilização das pessoas envolvidas, por ser passível de penalização à luz da lei.

Fidel João Hebo alertou que os abortos provocados apresentam sérios riscos de infertilidade e de mortes maternas, uma prática que tem sido combatida com a promoção de palestras e campanhas de sensibilização mulheres em idade fértil.

Apontou a automedicação, ingestão indevida de medicamentos, incumprimento dos conselhos médicos e inobservância das consultas pré-natais como causas dos abortos registados, a par das gravidezes utópicas e miomas.

No mesmo período, referiu, a instituição assistiu 2.907 (menos 35 em relação ao período homólogo) mulheres em trabalho de parto, 427 das quais foram submetidas à cesariana, com saldo de 195 nados mortos.

A maioria das mulheres justifica o aborto com a recusa dos parceiros em assumirem a gravidez e com a baixa condição económica.

A instituição dispõe dos serviços de ginecologia, neonatologia, urologia, imagiologia e pediatria, assegurados por 15 médicos nacionais e expatriados, sobretudo de nacionalidade cubana.

Segundo o responsável, com a disponibilização dos serviços de urologia, o hospital materno-infantil do Kwanza-Norte tem estado a solucionar o problema de um grande número de casais que se debatem com problemas de fertilidade.

Inaugurado em 2012, em Ndalatando, a unidade conta com uma capacidade de internamento de 140 camas, distribuídas pelas áreas de maternidade e pediatria.

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