A partir de 2021

Governo vai implementar ensino à distância

O Ministério da Educação (Med) está a trabalhar com vários parceiros para implementar o ensino a distância no país a partir de 2021, depois de concluir com as quatro etapas de preparação do processo.

Governo vai implementar ensino à distância
D.R.

 

A primeira fase teve início na quinta-feira, em Luanda, com a realização de um Seminário internacional sobre Ensino à Distância e Itinerante, segundo avançou o director-geral do Instituto Nacional de Formação de Quadros da Educação, Isaac Paxe.

Durante o encontro, com término marcado para esta sexta-feira, estão a partilhar experiências com técnicos da África do Sul, Ruanda e Portugal.

O ensino à distância não implica a ausência de um professor, estrutura de apoio e não se dá de forma isolada, referindo que geralmente é um pacote com várias fases, e o que se pretende com o encontro é identificar todas as possibilidades para implementar com segurança o ensino à distância.

O seminário decorre em parceria com a Fundação Calouste Guilbekian, no âmbito das celebrações da Jornada Nacional do Educador (22 de Novembro) e é a primeira acção de um projecto que compreende três etapas, que visam implementar a educação à distância no país.

A segunda etapa visa acções de formação presencial e à distância sobre o ensino à distância e itinerante sobre as estratégias de recuperação escolar de alunos fora do sistema do ensino primário.

A terceira decorrerá em duas escolas das províncias que apresentarem mais elevado défice de acesso escolar, na classe de iniciação e na 1.ª e 2.ª classes do ensino primário.  

Para Maria Hermínia Cabral, directora do programa de parceira para desenvolvimento da Fundação Calouste Gulbekian, o país tem vários desafios concernentes à educação, mas para tal é necessário ter professores qualificados, porque o desenvolvimento de um povo depende de um só factor: recursos humanos qualificados e formação contínua.

Disse que a fundação surge como parceiro para responder às necessidades que os países apresentam no âmbito de vários projectos de ensino.

Já o professor associado na Faculdade de Educação da Universidade do Ruanda Mathias Nduingoma, avançou, à Angop, que a experiência de ensino aberto e distância de educação itinerante do Ruanda data de 2013, e surgiu da necessidade de haver professores não qualificados, facto contornado com a adopção do ensino à distância.

Acrescentou que o ensino à distância tem que ser aplicado com o uso das teconologias, capacidades e conteúdos, e para haver êxitos nestes componentes é preciso ter uma liderança comprometida com as políticas de educação para impulsionar o processo.

O evento destina-se a directores nacionais e chefes de departamento do Ministério da Educação, directores dos gabinetes provinciais da educação, professores das escolas de magistérios, agentes da educação e parceiros sociais, bem como representantes do UNICEF e outras organizações nacionais e internacionais ligadas ao sector da educação.

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